Se é verdade que Rodrigo Lindoso passou a ser uma solução do Inter para a primeira função do meio-campo, uma preocupação persiste no Beira-Rio: quando voltará o capitão e titular da posição, Rodrigo Dourado?
Sem jogar há quase um mês, o volante segue com dores no joelho esquerdo, em meio a um longo período de recuperação que contou com uma artroscopia realizada em maio, muitas sessões de fisioterapia, a volta aos gramados, e o retorno do problema. E, para piorar a situação do camisa 13, ainda não há previsão de retorno de Dourado ao time. Atenta à situação — e sem ter a garantia que o Rithely do Sport, enfim, algum dia ressurja no Beira-Rio —, a direção busca mais um volante no mercado.
O drama de Dourado teve início ainda no Gauchão. Com insistentes dores no joelho esquerdo, o capitão do Inter se desdobrava entre o Estadual e a Libertadores. Jogou a decisão do Campeonato Gaúcho na Arena sofrendo com dores. Mal conseguia dar piques e se limitava à marcação em frente aos zagueiros. Foi assim por mais um mês, com resguardos, treinos mais leves, e os jogos contra Alianza Lima, Flamengo e River Plate.
Em 19 de maio, surgiu a inevitável artroscopia no joelho esquerdo. Dourado havia sido vencido pelas dores e, em comum acordo com o clube, se operou no Hospital Mãe de Deus. Sem um exame que apontasse uma lesão ligamentar ou mesmo algo ainda mais sério, os médicos fizeram uma limpeza no joelho do volante.
Pouco menos de 30 dias se passaram desde a artroscopia e, com esse período, chegou também o recesso no calendário nacional. Ainda sem retomar os treinos, Rodrigo Dourado entrou em férias com uma cartilha como tema de casa: a prescrição de fisioterapeutas e médicos para treinos antes da pré-temporada em Atibaia.
Dourado cumpriu à risca o que lhe foi determinado para o recesso. Retornou aos treinos em Atibaia e... voltou a sentir as mesmas dores pré-operatórias. Fez o jogo de ida contra o Palmeiras, pela Copa do Brasil, e não suportou mais as dores.
Ao final do jogo no Allianz Parque, referiu aos médicos a volta das dores no joelho. Fez tratamento intensivo para atuar na partida de volta, mas não conseguiu - e abriu caminho para Rodrigo Lindoso. Sem condições, Dourado chegou a ficar no banco de reservas e não foi aproveitado desde então.
A decisão dos médicos e do jogador foi de liberá-lo apenas quando ele deixasse de sentir dores, algo que ainda não aconteceu, mas que há a esperança nos bastidores colorados que venha a ocorrer no fim de semana Dias dos Pais, quando a nova parada cumprirá um mês.
Uma nova cirurgia foi descartada. Os trabalhos de recuperação estão a cargo dos fisioterapeutas, com sessões diárias em dois turnos, para somente depois passar à preparação física - na chamada fase do retreinamento.
O Inter esperava que a recuperação do volante após a cirurgia se desse por completa durante a temporada de treinos em Atibaia durante a Copa América. Isso não foi possível, pois houve involução no quadro, com a volta do desconforto no joelho. Em decorrência disso, a participação na partida contra o Palmeiras se deu sem que Dourado estivesse com 100% das condições, havendo um natural agravamento da situação.
Não há uma previsão exata para o retorno de Rodrigo Dourado, e o assunto é tratado com muita cautela por dirigentes mais integrantes da comissão técnica. A intenção, sem certeza alguma, é de que ele esteja apto para as partidas contra o Flamengo pela Libertadores, nos próximos dias 21 e 28, ainda que isso seja improvável. Depois de liberado, caso não sinta mais dores, o camisa 13 ainda precisará realizar uma pré-temporada pessoal.
No momento, Dourado está vetado de qualquer exercício que resulte em algum impacto no joelho esquerdo. Perdeu massa muscular na perna e, para ir aos mata-matas contra o time de Jorge Jesus, precisará estar 100%. Restam duas semanas para o jogo de ida contra o Flamengo, é improvável que Rodrigo Dourado esteja em campo, o Inter torce para que Lindoso não se lesione mais, e, em meio a tudo isso, analisa um reforço para a função.