Cinco anos depois de assistir no renovado Beira-Rio um desfile de torcedores de diversas nações, além de ver ao vivo em sua casa nomes como Messi, Agüero, Di María, Pogba, Benzema, Sneijder Robben e Van Persie, e os campeões de 2014, Schweinsteiger, Kroos, Özil, Müller e Götze, a casa do Inter recebeu uma nova invasão de fãs de futebol. Desta vez, de peruanos.
Durante o final de semana do primeiro jogo de Copa América na vida de Porto Alegre, entre Peru e Venezuela, na Arena, a loja e o museu do Inter foram tomados. É claro que o chamariz foi Paolo Guerrero.
Goleador histórico da seleção peruana, o camisa 9 do Inter foi o garoto-propaganda do clube. Sim, o Inter usou a imagem de Guerrero em busca dos torcedores daquele país. E a campanha teve início ainda em abril, quando Guerrero voltou a Lima para enfrentar o seu clube de origem, o Alianza, pela quinta rodada da Libertadores.
— Fizemos um trabalho muito forte de relacionamento lá, com peças (publicitárias) nas redes sociais de Lima e arredores. Elas apareciam em todas as redes de quem estivesse nesta região. Um das peças dizia: "Muy contentos por traer a Guerrero de regreso" (Muito felizes por trazer Guerrero de volta) — conta o vice de Marketing e Mídia do Inter, Nelson Pires. — Um comentarista peruano chegou a dizer que, com Guerrero, o Inter tinha agora mais 33 milhões de torcedores — acrescenta Pires, destacando o total de habitantes do Peru.
Se o Inter tem mais 33 milhões de fãs, isso ainda é uma incógnita. O certo é que no primeiro fim de semana de Copa América o museu do Inter no Estádio Beira-Rio verificou 1.401 turistas peruanos conhecendo a sua história. Sob o museu, na loja do clube, mais de 1,5 mil camisetas oficiais foram vendidas. Em especial, a branca, com a faixa transversal vermelha, inspirada no Rolo Compressor e na seleção do Peru.
— E todas elas com o nome de Guerrero às costas. A loja ficou lotada, um recorde para esta época do ano — vibra Nelson Pires.
A romaria de torcedores ao Beira-Rio prosseguiu com os uruguaios, nesta quinta-feira (20), quando a equipe de Cavani e de Suárez empatou em 2 a 2 com o Japão, mas os números ainda não foram contabilizados pelo Inter. Se a Copa América não serviu para encher os cofres colorados, ao menos reforçou a marca do Inter continente afora.