Novamente, Inter e Nacional-URU ficarão frente a frente na fase de oitavas de final da Libertadores. No primeiro encontro, em 2006, com uma vitória no Uruguai e um empate em Porto Alegre, a equipe de Abel Braga se deu melhor e seguiu adiante na competição. Entretanto, não faltou polêmica no jogo de volta no Beira-Rio.
No jogo de ida, a equipe colorada venceu por 2 a 1, de virada, em Montevidéu. Vanzini abriu o placar no Parque Central, aos 30 minutos de partida. No final do primeiro tempo, Jorge Wagner empatou com uma bela cobrança de falta. No segundo tempo, Rentería virou com um golaço, com direito a balãozinho no zagueiro e bola encobrindo o goleiro.
Em Porto Alegre, os uruguaios, que precisavam da vitória, tomaram a iniciativa do jogo desde o início. Aos cinco minutos do primeiro tempo, depois de uma falta cobrada da ponta direita para a área, a bola foi desviada pelo zagueiro Bolívar para trás e chegou até Vanzini, que subiu livre de marcação e cabeceou para o fundo das redes. O árbitro paraguaio Carlos Torres, atendendo à sinalização equivocada do auxiliar, anulou o que seria o 1 a 0 do Nacional.
No começo do segundo tempo, outro gol anulado dos visitantes. Em um lance confuso, Clemer não segurou a bola levantada para sua área e possibilitou que, na confusão, Vanzini chutasse para o gol. Na visão do árbitro paraguaio, o goleiro do Inter teria sofrido falta na origem do lance. Mas o jogador que finalizou estava em posição irregular.
Depois do jogo, Fernando Carvalho, à época o presidente colorado, admitiu que o time havia sido beneficiado:
— Futebol é isso. No Brasileiro passado (2005), fomos prejudicados barbaramente naquele jogo contra o Corinthians. Desta vez, o erro nos beneficiou — disse o dirigente.
Depois de passar às quartas de final, o Inter superou LDU, Libertad-PAR e São Paulo e sagrou-se campeão da Libertadores pela primeira vez em sua história.