Dono da terceira melhor campanha da fase de grupos da Libertadores, o Inter terá pela frente os uruguaios do Nacional pelas oitavas de final do torneio. No sorteio realizado na noite desta segunda-feira (13), em Luque, na sede da Conmebol, ficou estabelecido que os colorados enfrentarão o melhor segundo colocado na fase de grupos da competição.
O primeiro jogo será em Montevidéu, com a decisão no Beira-Rio. As datas ainda não foram divulgadas pela Conmebol, mas a Libertadores será retomada após a disputa da Copa América, e o jogo de ida será entre os dias 23 e 25 de julho, com a volta entre os dias 30 de julho e 1° de agosto. Caso o Inter vença o mata-mata, pegará o ganhador de Flamengo e Emelec-EQU. Um eventual Gre-Nal, somente nas semifinais.
O Nacional é um adversário histórico do Inter na Libertadores. Em 1980, tirou do time de Falcão a chance da primeira conquista, vencendo os colorados na final do torneio. Em 2006, os uruguaios caíram no grupo do Inter, na primeira fase. Os dois clubes avançaram às oitavas, com o Inter em primeiro (venceu o Nacional por 3 a 0, em Porto Alegre, e empatou em 0 a 0, em Montevidéu), e se encontraram outra vez nas oitavas. Em um mata-mata renhido, o Inter bateu o Nacional de Luis Suárez por 2 a 1, no Parque Central, e o 0 a 0 do Beira-Rio classificou os colorados às quartas — para seguir até o título diante do São Paulo.
No ano seguinte, o Inter campeão do mundo ficou de novo no grupo com o Nacional. Mas, desta vez, um Inter desmobilizado ficou em terceiro, tendo Vélez em primeiro na chave, seguido pelo Nacional. No jogo do Uruguai, o Inter perdeu de virada por 3 a 1. Na rodada final, precisava ganhar e fazer saldo. Os colorados venceram por apenas 1 a 0 e foram eliminados já na fase de grupos.
Na atual Libertadores, na fase de grupos, o Nacional se classificou como o melhor segundo colocado geral. Estava no Grupo E e ficou empatado em pontos com o Cerro Porteño, perdendo no saldo de gols — eliminando o Atlético-MG. Os uruguaios venceram as duas partidas contra o Zamora-VEN, bateram o Atlético-MG também nos dois encontros, e perderam para o Cerro, em Assunção, empatando em casa. O Nacional somou 13 pontos. Um a menos do que o Inter.
Na fase de grupos, o Inter venceu o Palestino-CHI e o Alianza Lima-PER duas vezes, empatando nos dois confrontos por 2 a 2 com o River Plate — sendo que diante do atual campeão da América, o Inter vencia o jogo e cedeu o empate, em Porto Alegre e em Buenos Aires. Foi o único clube brasileiro a fechar esta etapa de forma invicta.
— O Nacional é uma equipe tradicional do futebol sul-americano. Um clube que já conquistou muitos títulos. Sabíamos que teríamos um adversário difícil, não há moleza na Libertadores. Em casa e fora é sempre complicado. Ao menos é uma viagem curta, Montevidéu é perto, e isto é um facilitador. O principal é que estamos preparados para enfrentar qualquer um. Tenho certeza que nenhum time do pote 2 queria pegar o Inter. Não será fácil, mas estamos preparados. Tem coisas que a gente se apega, em 2006 enfrentamos o Nacional para sermos campeões — disse o vice de futebol do Inter, Roberto Melo.
Se pelo Grupo A o Inter enfrentou o Alianza Lima, o clube formador de Paolo Guerrero, e o River Plate, o time que revelou D'Alessandro, agora, terá pela frente o Nacional, clube de origem de Nico López. Se você acredita em mística, isto parece um bom presságio. O caminho do Inter rumo à inédita final única em Santiago passará primeiro por Montevidéu.