O Nacional-URU será o rival do Inter nas oitavas de final da Libertadores. O confronto foi definido em sorteio realizado na noite desta segunda-feira (13), no Paraguai. Logo após a definição, Roberto Melo, o vice de futebol colorado, falou sobre o adversário em entrevista à Rádio Gaúcha.
— O Nacional é uma equipe tradicional do futebol sul-americano, que já conquistou muitos títulos. Sabíamos que qualquer um que fosse seria difícil, Libertadores não tem moleza, não tem jogo fácil. Em casa, fora, é sempre complicado. Teremos uma viagem curta, Montevidéu é perto de Porto Alegre, e isso é um facilitador. É uma viagem curta, não tem altitude. Mas estamos preparados para qualquer adversário. Temos certeza de que qualquer adversário que fosse não queria pegar o Inter. Não vai ser fácil, mas estamos preparados para fazer grandes enfrentamentos — afirmou.
O dirigente lembrou também dos enfrentamentos contra os uruguaios na Libertadores de 2006, a primeira conquistada pelo clube, e disse que torce para que a coincidência seja um indicativo de que o título poderá se repetir. Além disso, Melo também comemorou não ter pegado outras equipes em melhor fase, e lembrou que a parada para a Copa América poderá servir para aumentar a qualidade do elenco.
— Evidente que tem algumas equipes que a gente não gostaria de enfrentar neste momento. Algumas equipes vivem melhor momento do que outras, então nesta fase da competição não seria interessante enfrentar. Mas o Nacional é um grande clube, é uma equipe tradicional. Eles jogam a vida, vamos ter muitas dificuldades. Mas estamos preparados e queremos chegar a esses confrontos melhor ainda. Vamos utilizar a parada para recuperar alguns jogadores e para qualificar ainda mais o grupo. Sabemos das dificuldades, mas estamos preparados para enfrentar qualquer adversário.
Confira outros trechos da entrevista de Roberto Melo:
Enfrentar o Nacional no Parque Central
"Evidente que as equipes procuram dificultar ao máximo a vida do adversário, com o estádio, com o gramado. Mas vamos ter que enfrentar isso. Estamos preparados para enfrentar qualquer dificuldade. Mas é difícil ganhar do Inter hoje. Se pegarmos nossos últimos enfrentamentos, fizemos grandes jogos. A gente vem evoluindo, vem em uma crescente".
Possível venda de algum jogador no meio do ano
"É possível, sim, a janela pode movimentar as equipes, é normal. O Inter, vivendo o momento em que está hoje, com bom futebol, chama a atenção. É normal que apareça o interesse. Mas se isso realmente acontecer, vamos avaliar o que for melhor pro clube. Estamos há cerca de dois anos sem vender nenhum jogador. Sem essa receita, é muito difícil, e mesmo assim estamos disputando de forma equilibrada. É normal que, se existir esse interesse, a gente vai avaliar. E já estamos prevendo essas possíveis saídas para tentar repor. Não é fácil perder um jogador para o exterior e acrescer qualidade. Mas aí é que está o segredo do sucesso".
Contratações
"A gente não gosta de falar em números. Sabemos do que precisamos. Não temos, como outros clubes, recursos para escolher facilmente os jogadores que a gente quer. A gente sabe quais são as possíveis saídas. Para isso que já estamos trabalhando, para ver a reposição. Para pelo menos não perder qualidade ou acrescer qualidade para atingir nossos objetivos no segundo semestre".
Equilíbrio do chaveamento
"O outro lado tem Boca, Athletico-PR, River. O equilíbrio para os dois lados é igual. Tem grandes equipes jogando um bom futebol. São raras as vezes que se faz uma campanha pegando times poucos tradicionais na Libertadores. Das 16, 11 já foram campeãs da competição. Seja lá o que for, não dá para escolher adversário. A gente vai trabalhando, passo a passo. Vamos primeiro pensar no Nacional. Vamos por partes que temos muitas metas nesse ano. Estamos trabalhando para chegar no nosso objetivo"