A arbitragem do Gre-Nal 419, comandada por Leandro Vuaden, não agradou o Inter. Após o empate em 0 a 0 com o Grêmio, neste domingo (14), no Beira-Rio, o vice de futebol colorado, Roberto Melo, criticou fortemente a equipe que apitou o primeiro clássico da decisão do Gauchão.
O dirigente reivindicou as expulsões de André, que utilizou o cotovelo em uma disputa de bola com Moledo, e de Renato Portaluppi, que saiu da área técnica e entrou no campo de jogo para discutir com Victor Cuesta após falta do zagueiro colorado.
Confira os principais trechos:
Postura de Renato em discussão com Cuesta
"Uma coisa que não dá para admitir mais, aí a crítica é para a federação, comissão de arbitragem. Acho que não precisa mais trazer quarto árbitro, quinto árbitro, sei lá eu quem, aqui para o estádio: deixa que o Renato faz o que ele quiser. Ele pode querer invadir o vestiário, ele invade o campo, o quarto árbitro morre de medo dele. Acho uma vergonha para a equipe de arbitragem. O Renato é competente, vitorioso, ídolo do seu time, mas dentro de campo a regra tem que valer para todos. Acho um absurdo o tipo de comportamento do treinador do Grêmio, mas, mais absurdo ainda, que isso seja permitido pela arbitragem".
Utilização do VAR que não gerou cartão vermelho para André em lance com Moledo
"Mais uma vez, arbitragem muito ruim. Primeiro, picotando demais o jogo. Um juiz que já teve como característica deixar o jogo correr hoje favorece quem está fazendo cera, quem está toda hora caindo. Não sei para que serve o VAR. Não sei o que ele vai fazer naquela casinha. Se um lance como aquele ele acha que não é para expulsão, em que claramente há uma agressão do André, que dá um cotovelaço no Moledo, para ele talvez precise de um tiro para marcar. Não dá para entender por que ele vai até lá, faz aquela papagaiada ali e não expulsa o jogador".
A equipe de arbitragem morre de medo do Renato
ROBERTO MELO
Vice de futebol do Inter
Jean Pierre Lima como árbitro do Gre-Nal decisivo na Arena
"Vamos torcer para que o Jean Pierre consiga fazer uma arbitragem segura, que ele consiga não sofrer a pressão do treinador do Grêmio, que manda e desmanda a equipe de arbitragem, apita, invade e fala com nossos jogadores. Ele (Renato) não tem que falar com os jogadores do Inter, ele que fale com os jogadores dele. Pelo menos hoje ele não quis invadir o vestiário, na última vez tentou. E a federação não faz nada, não acontece nada. Isso cansa e irrita. Mas chega. Acho que o Inter teve um grande prejuízo neste primeiro jogo. Não nos cabe gostar ou não (do árbitro do segundo jogo). Que a arbitragem tenha comando, tenha pulso. A equipe de arbitragem morre de medo do Renato. Ele faz o que quer na beira do campo. Os jogadores se sentem mais seguros quando veem que seu treinador comanda a arbitragem".
Superar polêmicas com a arbitragem
"Evidente que tem que mudar, a gente sabe que uma equipe para ser campeã tem que passar, inclusive, pelos erros de arbitragem. É difícil, mas temos que passar. A gente tem que melhorar e torcer para que não aconteçam erros de arbitragem. E, se acontecerem, que a gente passe por cima disso".