Menos de 70 horas depois, Novo Hamburgo e Inter voltam a se enfrentar pelo Gauchão. Se na quarta-feira à noite o time de Odair Hellmann bateu os visitantes no Beira-Rio por 2 a 0, na última rodada da fase classificatória, e garantiu a segunda colocação geral do campeonato, agora, tudo é mata-mata. Neste sábado, às 19h, a partida será no Estádio do Vale. Mesmo que as quartas de final do Gauchão tenham saldo qualificado, o Inter promete ir a campo com uma equipe mesclada, apostando tudo no jogo de volta, no Beira-Rio.
Liberado da suspensão de mais dois jogos imposta pelo Pleno do TJD, o atacante Nico López começará a partida. Não atua desde a vitória sobre o Alianza Lima, 10 dias atrás. Nonato, que cumpriu suspensão pela expulsão no Gre-Nal, também deve enfrentar o Novo Hamburgo. Alguns jogadores, porém, serão preservados. Avançando no Estadual, o Inter terá uma série de 10 jogos decisivos, num período de apenas 35 dias, entre partidas do Gauchão e da Libertadores.
— Por termos muitos jogos decisivos, se tivermos a possibilidade de segurar um atleta a fim de evitar que tenha desgaste, para que haja uma recuperação melhor e que possa ter uma sequência com maior intensidade, vamos fazê-lo. Hoje, qualquer atleta que entrar tem totais condições de suportar os 90 minutos, o que nos possibilita muitas vezes fazer uma rotatividade. Mas o atleta que não começar vai ficar no banco — comentou o preparador físico do Inter, Cristiano Nunes.
O zagueiro Víctor Cuesta, um dos titulares que deverá ir ao Estádio do Vale, entende que o Inter encontrará um adversário bem diferente daquele que esteve no Beira-Rio nesta quarta-feira.
— Jogamos contra eles e temos uma ideia de como atuam, mas é outra agora, é mata-mata, é bem diferente. Estamos evoluindo como time ainda. Temos o mata-mata agora, em seguida a Libertadores, vem a Copa do Brasil logo adiante, e estamos muito bem preparados para tudo isto — disse Cuesta.
Questionado sobre as frequentes reclamações do Inter contra a arbitragem no Gauchão, o zagueiro respondeu:
— Cada juiz tem o seu estilo, tem que respeitar. Quem joga tem que tentar fazer o melhor e não complicar, não falar do juiz.
Campeão gaúcho em 2017, justamente sobre o Inter, o Novo Hamburgo se remontou após um campeonato ruim no ano passado. Sob o comando de Bolívar, capitão do Inter na conquista do bicampeonato da Libertadores, o clube tenta voltar às finais do torneio. Para isso, porém, a esperança de vaga passa pelo Vale.
— O primeiro jogo do mata-mata pode decidir tudo. Uma vitória simples é algo importante para se levar a decisão ao Beira-Rio, uma vez que há saldo qualificado. Estamos tratando este primeiro jogo como algo fundamental para avançarmos às semifinais. No jogo do Beira-Rio, não tivemos a chegada no gol, mas tivemos boa posse de bola, assim como o Inter — comentou Bolívar.
Do time titular, os volantes Preto e Amaral são remanescentes da campanha vencedora no Gauchão. Com um grupo experiente, o Novo Hamburgo aposta alto na partida como mandante para eliminar o Inter e seguir no Estadual.
— O grande favorito é o Inter, mas temos condições de fazer um jogo de igual para igual. São dois jogos fundamentais. Se passarmos pelo Inter, será mais uma classificação histórica para o clube. O Inter tem um grande elenco, mas precisamos aproveitar o fator local — afirmou o zagueiro Fred, ex-Grêmio. — O fator local será preponderante, é algo que temos a explorar — completou Fred.
Neste sábado, o Inter abre a sua série de decisões pelas próximas quatros semanas, caso vá avançando no Campeonato Gaúcho, em meio à Libertadores, e culminando com a abertura do Brasileirão, em 28 de abril, diante da Chapecoense.
