O atual campeão da América estreará no Mundial de Clubes nesta terça-feira (18), diante do Al Ain, dos Emirados Árabes. Adversário do Inter no Grupo A da Libertadores 2019, o River Plate é candidato à final do torneio diante do Real Madrid. O time de Marcelo Gallardo vai demorar a iniciar a próxima temporada, uma vez que somente retornará de Abu Dhabi a Buenos Aires no dia 23 de dezembro.
Apesar do sucesso do River na temporada, a imprensa argentina entende que a chave do atual campeão é a mais difícil da Libertadores. Além de Inter e Alianza Lima, o grupo ainda pode ter o São Paulo.
— Defender o título já será um grande desafio para o River. Em, 2015, o River foi o campeão da Libertadores e, no ano seguinte, sofreu muito, caindo nas oitavas para o Independiente del Valle (EQU), que saiu vice-campeão da América — recorda Lucas Ajuria, setorista de River Plate na Rádio Zónica, de Buenos Aires. — É certo que o time vai mudar, sofrerá baixas após o Mundial. A base será mantida e haverá a ascensão de juniores ao time de Gallardo — acrescenta Ajuria.
O radialista cita que há grande entusiasmo da torcida, que, no momento, está preocupada apenas com o Mundial e o sonho de ganhar do Real Madrid.
— Depois do Mundial, o foco será total na Libertadores. O grupo A é muito difícil. É sempre um problema enfrentar um gigante do Brasil. E poderão ser dois, caso o São Paulo entre. E haverá D'Alessandro, que não queria enfrentar o River outra vez (foi rival contra o seu ex-clube atuando pelo San Lorenzo, antes de se contratado pelo Inter). O Inter é visto com muito respeito aqui, é um clube de outra categoria, como o River, e sempre está preparado para o algo a mais. Será um tanto nostálgico para o torcedor do River jogar contra D'Alessandro. Mas é a vida — diz Lucas Ajuria.
Segundo Ajuria, o River prefere enfrentar o São Paulo, apesar de toda a tradição dos paulistas, ao Talleres, de Córdoba, o time de Pablo Guiñazú, uma das possibilidades via pré-Libertadores:
— O Talleres conhece muito o River, há rivalidade local envolvida e isso poderia complicar muito o time de Gallardo. Entre uma escolha argentina e outra brasileira, certamente a escolha seria o São Paulo. A equipe do São Paulo perdeu muita gente e já não ameaça como antigamente. O Grupo A não terá times fracos. Alianza Lima é uma boa equipe. Será um grupo extremamente difícil — finaliza Ajuria.
Para o jornalista Alejandro Casar, repórter do La Nación, o Grupo A se tornará dificílimo com o provável ingresso do São Paulo.
— Há um charme todo especial em ver D'Alessandro contra o River Plate nesta chave. Não menos curioso é ver o River já voltando a Porto Alegre, onde acabou de eliminar o Grêmio, mas agora para jogar no Beira-Rio. Há a questão de quem o River perderá. Maidana, Borré e Palacios podem sair. No final, o que definirá a chave serão os pontos obtidos como visitantes.
O River Plate deverá enfrentar o Al Ain com Armani; Montiel, Maidana, Pinola, Casco; Nacho Fernández, Ponzio, Palacios, Martínez; Borré e Scocco.