Nas maiores conquistas do Inter em 2006, Marcelo Boeck estava na reserva de Clemer. Chegou a jogar uma partida na vitoriosa campanha da Libertadores, contra a LDU, no Equador. Hoje, aos 33 anos, o goleiro é capitão do Fortaleza, treinado por Rogério Ceni e que acaba de garantir o acesso à Série A com quatro rodadas de antecedência.
— É um sonho realizado! Mas essa história ainda não acabou. Temos mais coisa para fazer. Eu e minha esposa aceitamos o maior desafio das nossas vidas, que era a Série C. E chegar à Série A... Nenhum dinheiro paga. É uma história que eu vou contar para o resto da minha vida - disse ele, em entrevista ao site da CBF.
Há dois anos, Boeck era goleiro da Chapecoense. Porém, depois de perder espaço no elenco (virou reserva de Danilo e Follmann), não embarcou no avião que se acidentou na Colômbia e deixou mais de 70 mortos.
— É uma tristeza eterna. Perdemos não só jogadores, mas pais de família. Mas Deus me deu uma segunda oportunidade de participar de uma Série C para Série B. E agora já subimos da B para A. Eu não sou digno, não sou merecedor, mas Deus me entregou assim mesmo porque ele é bom. Só estou aqui hoje por causa dele - comentou Boeck.