Odair Hellmann teve uma semana para preparar o time que enfrenta o Ceará neste domingo (11), em Fortaleza. A expectativa de ter os 11 titulares foi frustrada pela ausência de Rodrigo Moledo, com desconforto muscular na coxa esquerda. Mesmo assim, o treinador comemorou o retorno de Rodrigo Dourado e Edenilson, além da possibilidade de ter Leandro Damião e outros atletas em melhores condições físicas contra um adversário perigoso.
— O Ceará está fazendo uma grande campanha desde a chegada do Lisca que executa um excelente trabalho. Muito do mérito do time cabe ao Lisca que, além de tudo, conhece muito bem o Inter e joga em casa. Estes São fatores como estes que elevam a dificuldade do jogo. Temos que estar confiantes e preparados.
O respeito pelo Ceará não tira a confiança do treinador, que completa um ano no cargo nesta segunda-feira (12) e ainda confia na conquista do Campeonato Brasileiro.
— Sou um cara positivo . Em 109 anos de história do Inter, quem poderia acreditar que um auxiliar efetivado iria ficar um ano no cargo e dar certo? Isto é muito raro. Se aconteceu, porque não pode acontecer de sermos campeões?
O foco nos jogos que faltam é o motivo apontado por Odair para evitar de falar no futuro. Ele é o preferido para o cargo pelo atual presidente Marcelo Medeiros em caso de reeleição e uma das opções do oposicionista Luciano Davi, mas prefere não pensar em 2019.
— Faltam ainda seis jogos e meu objetivo é terminar o campeonato concentrado e focado na pontuação. Nada de fora pode me atrapalhar e tirar minha concentração ou dos jogadores. A política não entrará no nosso vestiário.
O resultado deste ano de trabalho é avaliado como positivo pelo treinador numa rápida recapitulação
— Cumprimos o objetivo de subir o Inter no ano passado. Depois o planejamento impôs outras etapas. Consolidamos a estrutura e, sem entrar como favoritos, competimos e entramos de igual para igual com os demais clubes. Plantamos uma semente para ganhar títulos. Nosso compromisso era este resgate, mas , além disto, ainda temos chance de ganhar e já passei aos jogadores que vamos lutar até o fim.
Sem falar em projeções pessoais, chega a admitir indiretamente que as chances de permanecer no Beira-Rio são naturais em função do trabalho desenvolvido neste ano em que está comandando a equipe.
— Sinto orgulho porque segunda-feira se completa este ano que estou à frente do Internacional. Isto é muito para mim porque dificilmente acontece num grande clube. Eu quero terminar o campeonato bem , disputando o que ainda podemos conquistar que é o título. Nada externo pode nos atrapalhar. Estou feliz por este um ano. Depois vamos sentar com os dirigentes e conversar.
A relação com o clube ficou nítida quando o treinador citou a vinculação antiga, de sua origem como jogador profissional, chegando a brincar em função da cor de seus olhos.
— Não há como negar que aqui eu me sinto em casa. Eu tenho o sangue vermelho. Meu coração é vermelho. Até os olhos que são azuis já estão ficando vermelhos também - brincou.
Depois de dois treinos fechados consecutivos em Porto Alegre, a última atividade antes do jogo contra o Ceará acontece neste sábado (10) em Fortaleza .