Para um colorado, basta ouvir falar no São Paulo para que as lembranças de confrontos pelas Libertadores de 2006 e 2010 sejam revividas. Porém, antes destas conquistas, o Inter precisou superar a equipe paulista na Copa Sul-Americana de 2005. Para ilustrar esse confronto pouco citado, a GaúchaZH ouviu o ex-atacante Gustavo Papa.
— Tenho gravado na memória porque foi meu primeiro jogo por uma competição internacional e eu marquei o gol que nos deu a vitória.
Contratado junto ao Glória de Vacaria após o Campeonato Gaúcho, o centroavante chegou ao Estádio Beira-Rio para ser reserva na equipe treinada por Muricy Ramalho. O apelido derivava da semelhança física com Karol Wojtyla, o Papa João Paulo II, falecido em abril daquele ano. Era o jogo de ida da primeira fase da Sul-Americana, e o placar estava empatado em 1 a 1 quando Papa entrou no lugar de Rafael Sobis e, logo no início do segundo tempo, deixaria seu nome na história do clube.
— O Elder Granja cruzou da direita, o Fernandão brigou com os zagueiros e a bola acabou sobrando para mim, quase na pequena área. Ela quicou, eu chutei de perna direita e fiz o gol que nos deu a vitória — recorda.
Após o 2 a 1 em Porto Alegre, o Inter segurou um empate por 1 a 1 no Morumbi e passou adiante no torneio continental, eliminado uma equipe que viria a conquistar o Mundial de Clubes meses depois.
— Acho que esse jogo, como nas fases seguintes, contra Rosário Central e Boca Juniors, nos deu um aprendizado muito grande para as conquistas que viriam no ano seguinte, em 2006 — relata Gustavo Papa.
Neste domingo (14), colorados e são-paulinos duelam pela parte de cima da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. O cenário é bem diferente daquele de 2005, mas não deixa de ser decisivo também.