Enquanto o Inter segue em busca do topo do Campeonato Brasileiro, fora de campo uma outra luta é travada. Na Suíça, o corpo jurídico montado ao redor de Paolo Guerrero tenta uma última medida para antecipar o fim da sanção ao atacante.
Nesta semana, Julio García Torres, o advogado peruano do atacante colorado, ingressou na Justiça em Lausanne (SUI) com um pedido de anulação do processo que condenou o jogador a 14 meses de suspensão - e que, se cumprida até o fim, vai liberá-lo para retomar a carreira somente ao final de abril de 2019.
Os representantes do atleta alegam que houve contaminação no chá de coca que ele ingeriu no Swissotel, de Buenos Aires, onde a seleção peruana estava hospedada para enfrentar a Argentina, em novembro de 2017, em partida válida pelas Eliminatórias à Copa da Rússia. Guerrero culpa o hotel pela ingestão de substância derivada da cocaína, que o fez ser suspenso.
García divulgou um vídeo explicando a situação do atleta e demonstrou otimismo na possibilidade de reverter a decisão:
— Consideramos que estamos acompanhados de um conjunto de provas sólidas e critérios jurídicos sólidos que o Tribunal Federal vai atender a essa solicitação. E que vá a possibilitar que em um curto prazo a injustiça que Paolo está vivendo agora, por fim termine. Consideramos, com esses elementos, que Paolo poderá reintegrar a sua atividade esportiva, que ele deseja e que todos esperamos.
García espera uma resposta da justiça suíça nos próximos dias, e se mostra otimista que Guerrero possa estrear pelo Inter até 2 de dezembro, data da última partida do clube no Brasileirão, contra o Paraná, na Vila Capanema:
— Um dos elementos que está acompanhado a essa solicitação de nulidade é que o Ministério Público finalmente decidiu formalizar uma denúncia penal contra o advogado do Swissotel por delito de falsidade genérica. Consideramos que deve ser também formalizada uma denúncia por delito de violação de segredo profissional, na medida em que a informação falsa passada pelo Swissotel tinha caráter pessoal de Paolo. E não só de Paolo, como também do restante dos selecionados. Portanto, não podiam enviar, sem contar com uma autorização prévia — completou.