Um resumo do que foi a apoteótica recepção da torcida do Inter ao peruano Paulo Guerrero, veio de forma espontânea da pessoa que mais o ama:
— Ele está muito emocionado. Eu estou muito emocionada. Nunca vi coisa igual, tanto carinho — disse Dona Petronila, mãe do atacante extasiada, quase às lágrimas, dentro de campo.
Dona Peta, como prefere ser chamada, ganhou a camisa com o nome e o número do filho. Ao lado de Guerrero, acompanhou de perto todas as homenagens no início da manhã. Começou já no aeroporto Salgado Filho. Depois, na entrevista coletiva, a peruana acompanhou as primeiras palavras do herdeiro como jogador do Inter ao lado da imprensa.
Enquanto Guerrero cumprimentava os torcedores da arquibancada – foram 5,5 mil que estiveram no estádio na tarde desta quarta-feira –, Dona Peta olhava o Beira-Rio, acompanhada por um grupo de torcedoras coloradas que a adotou durante a festa. Impressionada com o que acontecia, a mãe do atacante revelou uma certeza:
– Ele vai fazer muitos gols e ganhar títulos. Sempre foi assim nos outros clubes e será aqui também.
A surpresa com o ambiente de acolhimento ao filho era em função dela reconhecer que nada sabia sobre o Inter ou sobre Porto Alegre.
– Não conhecia nada, mas já estou gostando muito das pessoas, do time e da cidade. Estou muito feliz com o tratamento e com o carinho de todos.
Sobre acompanhar o filho em Porto Alegre, nega que venha morar na capital gaúcha:
– Vivo em Lima com o restante da família, mas sempre-viva puder, virei aqui. Agora vou ajudar ele (Guerrero) a arrumar um local para morar aqui.