Atendendo a um velho pedido da torcida, o Beira-Rio deverá ter ao menos um setor sem cadeiras neste segundo semestre de 2018. A novidade já deveria estar sendo usufruída pelos colorados, mas uma nova regulamentação no meio do projeto atrasou o encaminhamento aos Bombeiros, responsáveis pela liberação do PPCI (o plano de Prevenção e Proteção contra Incêndios).
– Chegamos a uma situação ideal do projeto e, no meio do caminho, surgiu uma nova regulamentação. E precisávamos que esta regulamentação saísse ou esbarraria nos Bombeiros. Isso saiu há uns 60 dias atrás, no máximo e agora aguardamos a liberação do órgão competente para autorizarmos a obra – garante o vice presidente de Patrimônio, Leo Centeno Jr.
Localizada no Setor Sul, onde hoje fica a torcida organizada popular, o espaço deve comportar 4 mil colorados. Para estar apta com os padrões exigidos, o local precisa ter entrada e saída próprios, já que não é permitido passar/transitar para outras áreas do Beira-Rio. O Inter projeta ainda colocar vidros como barreiras deste setor para os demais. Na arquibancada, outras barreiras de contenção, essas possivelmente de ferro, serão colocadas para evitar aglomeração em um momento de gol, por exemplo.
De acordo com o tenente coronel Luiz Carlos Neves Soares Jr, do 1º Batalhão de Bombeiros Militar, já está sob análise da corporação. Depois de protocolado o pedido, os Bombeiros têm até 60 dias para dar uma posição ao Inter, seja ela positiva ou que necessita maiores correções.
– Este é o nosso processo normal. O Beira-Rio tem alvará até janeiro de 2019, então não há preocupação nem pressa em relação ao vencimento - explica o tenente coronel.
Depois de os Bombeiros confirmarem o projeto colorado, o início das obras deverá ser imediato. A previsão da direção é de que, no máximo, em dois meses tudo esteja pronto:
– Já estamos orçando com várias empresas. Depois do ok dos Bombeiros, as obras devem demorar de 45 a 60 dias – confirma Centeno.
As aprovações de PPCI e alvarás de funcionamento receberam regras mais rígidas depois da tragédia na boate Kiss, em que 242 pessoas morreram asfixiadas depois do uso de sinalizador em uma casa noturna fechada em Santa Maria, que não tinha, entre tantos outros problemas, saídas de emergência.