Quanto mais penso nos últimos anos do Internacional, mais fico convencido de que perdeu-se o controle das coisas do futebol. Não foram raras as vezes em que vimos a diretoria, nos anos de 2015 e 2016, parecendo completamente perdidas com relação às coisas do vestiário colorado.
Se formos analisar friamente os jogadores que se apresentarão no início da temporada e cujo aproveitamento será dispensado, a grande maioria é formada por atletas que foram contratados naquele biênio. Algumas vezes, me pego olhando para valores e altos salários acertados com jogadores que não possuíam, à época de sua contratação, credenciais para isto.
Marcelo Medeiros, ao assumir, tratou de colocar os pés no chão, mas tornou-se herdeiro deste sem-número de problemas e, sem desculpas, terá de resolve-los. Daqui por diante, espera-se que todas as contratações sejam feitas de maneira criteriosa e que as finanças do clube sejam preservadas de negócios que não venham a trazer os benefícios necessários.
Desafio para a direção
Fica o desafio de, obedecendo à realidade financeira do clube, montar um time competitivo, capaz de começar a fazer a torcida esquecer dos dissabores vividos nos últimos três anos.
Isso, sem dúvida, deve começar por uma verdadeira faxina de vestiário, que leve em consideração o mérito e a vontade de jogar no Internacional, e não a fama ou o tamanho do salário.