Ronald tem personalidade. Dentro do campo, ao subir em velocidade frente a um forte adversário como Santos neste domingo, e fora dele, ainda que por áudio de Whatsapp. Isso mesmo. A entrevista com um dos destaques do Inter na conquista do Brasileirão de Aspirantes precisou ser feita pelo aplicativo de troca de mensagens.
A falta de crédito no celular do meia de 20 anos impossibilitava que ele recebesse chamadas. Mas indica um pouco de como é o baixinho de 1m60cm nascido no Rio de Janeiro e que chegou à base colorada aos 13 anos. A sua humildade é proporcional à timidez.
– No início sou meio tímido, mas depois me solto – disse ele, ao fim do papo.
Com contrato renovado recentemente até 2020, Ronald será um dos jogadores que subirá ao profissional do Inter a partir de janeiro. Para o atacante, o principal não era conseguir a promoção, e sim o título. O resto, viria como consequência.
Veja trechos da entrevista:
O que significa esse título do Brasileirão de Aspirantes para vocês?
Sensação incrível, momento único para a vida e carreira de cada um. Lutamos pra caramba para chegar ao nosso objetivo. Entrávamos determinados. É um momento inesquecível, sem dúvida.
Esse título, somado com a tua atuação ao longo da competição, deve te levar ao time profissional. Era essa a intenção desde o início, subir ao principal?
Não era o objetivo. O primeiro era que chegássemos à final e fossemos campeões. Se acontecer, é consequência do trabalho. Meu objetivo era ser campeão, não subir ao profissional. Se for reconhecido o meu trabalho, fico feliz.
Você está pronto para subir?
Sim, no meu ponto de vista, me vejo pronto. Me preparei o ano todo para isso. No meu ponto de vista, o meu trabalho foi reconhecido, e estou pronto para subir.
Você teve uma rápida passagem pela Ásia em 2015. Ajudou no seu amadurecimento?
Tive uma passagem por lá, sim. Foi em agosto de 2015 e fiquei até novembro. Valeu a experiência pela cultura, me ajudou a amadurecer. Pelo Inter, jogamos uma competição lá. Fomos campeões e fui destaque. Aí um time local pediu que eu ficasse por empréstimo para jogar um campeonato. O Inter cedeu e fiquei. Também fui destaque.
Quem é a sua inspiração no futebol?
Me inspiro bastante no Phillipe Coutinho (meia-atacante do Liverpool) pelas características.
As características do seu futebol são semelhantes?
Algumas, sim. Velocidade, a condução da bola, o estilo de ir para dentro do adversário. Só que ele tem um pouco mais de finalização.
E no grupo do Inter?
No grupo do Inter a minha característica é parecida como as do Pottker. Mas, claro, ele tem mais força, é mais forte. Jogo parecido, na velocidade.
Você chegou a subir algumas partidas para o profissional, trabalhou com Odair. Isso ajuda para 2018?
Não cheguei a trabalhar com ele na base. Mas no profissional, trabalhei. Acredito que possa ajudar, sim. Ele vem acompanhando o nosso trabalho na base.
Como seria uma apresentação sua para a torcida do Inter?
Sou um jogador bem rápido, habilidoso e com boa chegada lá na frente para finalizar e servir o centroavante. Esse é o Ronald.