A derrota do Inter para o Juventude foi definida num erro do árbitro Diego Real que marcou um pênalti inexistente. Mas, mesmo que o gol tenha surgido numa falha da arbitragem, a verdade é que o placar foi justo porque o Juventude foi melhor e o Inter teve muita coisa errada.
Até mesmo Antônio Carlos Zago, que vinha numa crescente, errou e talvez possa ser considerado o principal responsável pelo mau futebol colorado. Afinal, partiu dele a decisão de tirar Uendel do meio-campo e recolocá-lo na lateral-esquerda. Considero Uendel no meio um dos grandes acertos de Zago e isso não pode ser mudado.
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William também tem culpa pela derrota. Pois, desde que fez "as pazes" com a diretoria, ele não conseguiu repetir o futebol que mostrava em 2016. E ontem, foi mal no meio-campo e pior na lateral-esquerda onde levou um passeio de Taiberson no começo do segundo tempo.
Até mesmo o matador Brenner rendeu menos que o esperado. O oportunismo do atacante não entrou em campo no Jaconi, pois Brenner teve três chances (duas de cabeça no primeiro tempo e uma cara a cara com o goleiro no segundo) e não marcou.
E, por fim, a direção também errou. Errou no discurso antes do jogo dizendo que jogar no gramado do Jaconi seria arriscado e que o ideal seria transferir o jogo. E errou mais ainda no final. Não ao reclamar do pênalti, afinal ninguém tem duvida que o árbitro errou. Mas errou no tom do discurso ao dizer que o campeonato está sob suspeita e que a Federação tem interesse em que o Inter não conquiste o hepta.
A arbitragem errou não porque é mal intencionada. Errou porque foi mal durante todo o jogo. Errou assim como Vuaden pode ter errado ao não ter marcado um pênalti no Gre-Nal. Errou como o árbitro que dirigiu o jogo da Copa do. Brasil não marcou um pênalti a favor do Princesa do Solimões. Errou como errou o árbitro que validou o gol do Grêmio contra o São José quando Bolaños ajeitou a bola com o braço. Errou porque os árbitros erram. E erram a favor e contra. No Gauchão, na Copa do Brasil, na Libertadores e até na Copa do Mundo.
*RÁDIO GAÚCHA