Eles foram esquecidos e quase abandonados por Celso Roth, e agora renascem como esperança para salvar do iminente rebaixamento. Contratados no meio do ano, o venezuelano Seijas e o uruguaio Nico López são as certezas de Lisca para as duas últimas partidas do Inter em 2016. Os estrangeiros praticamente foram confirmados como titulares pelo treinador após a derrota para o Corinthians. O técnico se disse feliz pela contribuição dos dois, que atuaram no segundo tempo e "se sentiram à vontade em campo", mesmo com a pressão.
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A tendência, de fato, é essa: apostar nos mais cascudos, que sintam menos o pesado momento do time. Neste cenário, Alex e Anderson juntam-se aos vizinhos sul-americanos para os jogos contra Cruzeiro e Fluminense nos dois próximos domingos.
Aos 30 anos, Seijas virou xodó da torcida do Inter após algumas boas atuações e entrevistas lúcidas. Autor de cinco gols pelo time (quatro pelo Brasileirão e um pela Copa do Brasil), o venezuelano foi o primeiro a reconhecer o mau momento, ainda sob comando de Falcão, na derrota para o Cruzeiro por 4 a 2. Em sua última entrevista, na terça-feira, além de citar que enfrenta pela primeira vez a situação de rebaixamento, tentou manter a esperança:
– A palavra milagre é adequada, mas precisamos sair e enfrentar a situação. Se desistirmos agora, seremos covardes. Domingo jogaremos para sobreviver por mais uma semana.
A experiência pode contar a seu favor. Depois de viver um ano de destaque no Santa Fe, de Bogotá, o jogador é considerado um líder no futebol colombiano. Em algumas oportunidades, foi até capitão da equipe, campeã da Copa Sul-Americana. Os melhores momentos do Inter no conturbado segundo semestre foram com Seijas em campo, como as vitórias sobre Figueirense, Coritiba e Flamengo (ainda que já tivesse sido substituído). Depois, foi sacado por Roth, ficando de fora por seis jogos. Só voltou aos 25 minutos do segundo tempo do empate em 1 a 1 com a Ponte Preta.
Nico López é mais jovem. Com 23 anos, chegou badalado pela participação com o Nacional-URU na Libertadores, em que marcou quatro gols. Mas custou a entrar em forma. O tempo parado do acerto entre os uruguaios e o clube gaúcho, somado a lesões musculares – e até a um problema dentário – atrapalharam seu período no Inter.
Atuou apenas 755 minutos entre Brasileirão e Copa do Brasil, e fez só um gol, contra o Fortaleza. Estava fora do time até o jogo contra a Ponte Preta. Diante do Corinthians, jogou quase todo o segundo tempo. E, mesmo com o placar adverso, foi quem assumiu o ataque. Em sua meia hora em campo, desferiu três dos quatro chutes a gol do time ao longo de toda a partida.
Apesar da timidez, reconhecida até pelos dirigentes do Inter, estará nele a responsabilidade de buscar a vitória que serve para seguir vivo por mais uma semana na Série A.
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