O Inter queria Mano Menezes. Quando ouviu um não, chamou Paulo Roberto Falcão. Vanderlei Luxemburgo estava na mira. Abel Braga foi tentado. Muricy Ramalho foi pensado. Não há convicção no clube. Falcão estava mais perto. Aceitou. Falcão é cria do Beira-Rio.
Falcão é um grande teórico. Seus comentários fizeram escola na TV. Na prática, no trabalho de campo, ainda não fez por merecer espaço num grande clube.
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Nesta década, entre 2011, depois de deixar o Inter campeão gaúcho e fora da Libertadores, e 2016, ele treinou somente duas equipes. Moveu-se entre Bahia e Sport. Foi vender seus serviços no Nordeste, longe dos primeiros times do futebol brasileiro. O que não é um erro, é uma outra escola, nova experiência.
Vitorio Piffero chamou Falcão muito, muito mesmo, em nome da torcida. A convocação de Roth, outro treinador disponível e próximo, seria um choque. Os fãs colorados associam o grande jogador ao treinador médio. Imaginam que o jogador especial entrará em campo. Não, a energia é outra.
Por outro lado, o apoio não fere ninguém, só ajuda. Falcão terá a força da torcida nos primeiros movimentos, o que o seu antecessor, Argel Fucks, nunca teve nem nas melhores fases.
O que falta ao treinador Falcão é estrada, trabalho, experiência, dia a dia, vestiário e resultados. Aos 62 anos, 63 em outubro, o treinador tem referências, bons contatos no país e no Exterior, entende do futebol contemporâneo, mas não consegue colocar em prática o que sabe e pensa. Ainda não conseguiu. Não está entre os grandes treinadores do Brasil. Quando os maiores times trocam de técnico, raramente Falcão aparece na lista das opções ou recebe contatos.
O Inter será a maior aposta da vida de Falcão, talvez a última entre os grandes times do Brasil. O Inter abrirá ou fechará as portas ao treinador Falcão. Ele pega o time em nono lugar. O G-4 é sonho. Título, pura miragem.
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