São de dar vergonha as estatísticas de Anderson na arrancada do Inter em 2016. Explica-se, por ali, sua perda de espaço no time titular e os desempenhos ruins de quem poderia, com a ausência de D'Alessandro, assumir as rédeas do meio-campo.
Nas quatro primeiras rodadas do Gauchão, Anderson deu, em média, 22,5 passes por partida para seus companheiros. Fiz uma comparação com jogadores de função semelhante entre os 12 principais clubes do país. O jogador colorado fica acima apenas de Dudu, que no Palmeiras joga como um meia do 4-2-3-1 de Marcelo Oliveira e dá 18 passes por jogo (fui generoso ao incluir o ex-atacante gremista na comparação, afinal, poderia muito bem colocar um volante). Mesmo se excluirmos a estatística de Inter x Passo Fundo, em que Anderson entrou na segunda etapa e teve pouco tempo para jogar, o número é ruim: 27,66 passes por jogo.
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Os primeiros colocados nesse mini-ranking de passes escancaram a falta de participação do camisa 8. Willian Arão, do Flamengo, dá 58,5 passes por jogo. O segundo colocado, Cícero, do Fluminense, 56,75. Até Douglas, criticado pelos gremistas pela falta de movimentação, está acima: dá 30,33 passes por partida.
Os números de desarmes também estão bem abaixo do esperado para quem formou, desde o início do ano, um tripé de volantes à frente da área no losango de Argel. Anderson tirou a bola dos adversários apenas seis vezes em quatro jogos. Rodrigo Dourado, que cumpre função parecida, mas pelo lado direito, fez 13 desarmes e tem um jogo a menos do que o companheiro pelo Gauchão. Dourado, aliás, dá 49,33 passes por jogo.
As estatísticas de Anderson ainda mostram, somando os quatro jogos do Estadual, apenas três passes para finalização e nenhum para gol, um cruzamento certo e cinco errados, um lançamento certo e um errado, e, em uma amostra de sua apatia, nenhum drible.
* ZH Esportes