O discurso de Argel segue exatamente o mesmo ao da apresentação, há uma semana. O Inter precisa esquecer qualquer tipo de projeção e pensar jogo a jogo. É assim na Copa do Brasil também, quando o time conseguiu uma importante vitória por 2 a 0 no Beira-Rio sobre o Ituano.
Dirigente do Inter indica que Argel pode perder jogadores: "A janela ainda está aberta"
Mas, antes de qualquer comemoração ao ataque do time, que voltou a funcionar com Vitinho, Sasha e Valdívia, Argel aderiu a cautela e comemorou o fato de Alisson não ser mais o melhor em campo, como era recorrente antes da mudança de treinador:
- É a terceira partida que não levamos gol. Nosso goleiro já não é mais melhor em campo. Não fizemos mais do que a nossa obrigação. Colocamos o adversário em várias situações adversas pela qualidade do nosso time. Jogadores entenderam e assimilaram rapidamente o que a gente pediu. Estou contente, feliz - comemora Argel.
Diogo Olivier: Inter vence jogando bem e fecha três jogos sem levar gol
Confira trechos da entrevista coletiva do técnico:
Avaliação da vitória sobre o Ituano
"Vamos aguardar um pouquinho. Não dá para pensar no próximo jogo do final de semana. É uma partida segura. É a terceira partida que não levamos gol. Nosso goleiro já não é mais melhor em campo. Não fizemos mais do que a nossa obrigação. Colocamos o adversário em várias situações adversas pela qualidade do nosso time. Jogadores entenderam e assimilaram rapidamente o que a gente pediu. Estou contente, feliz, principalmente para mim, que estou no segundo jogo. Além do resultado, que é importante. Durante boa parte do jogo, quase total, no segundo tempo foi muito bem. Conseguiu ser envolvendo, ter uma transição rápida. Gosto de dois atacantes de mobilidade. Quando tem um de referência eu também gosto, mas facilita o trabalho do adversário. Apostamos na velocidade do Vitinho, do Valdívia. Sasha tem esse poder de marcação, recompõe muito bem."
O que o Inter precisa para eliminar o Ituano na Copa do Brasil
Posicionamento
"É importante, você confunde bastante o adversário. Em algum momento, podemos adiantar o Sasha, trazer o Valdívia para trás. Futebol pede movimentação total. Claro que você tem uma proteção maior. Uma coisa que a gente pede muito para a equipe é chutar de fora da área. Ele tem um pouco de vergonha. No treino a gente treina. Temos cobrado, temos feito treinamento. Antes do jogo, pedimos para eles chutarem."
Geferson
"Veja bem. Ninguém me colocou nada sobre o Geferson. Acabou sentindo um adutor (coxa direita). Bandeira estava pegando no pé dele. Geferson é um jogador do Inter, ninguém me passou nada. Vamos ver para domingo. Não existe o "se". Zé Mário é uma opção importante. Tem Artur, que tem uma força muito grande. É um garoto preparado. Estamos bem-servidos."
Inter x Ituano: estatísticas, renda e público, saiba como foi a partida
Novas regras do Argel
"Não existe cartilha. Isso é um clube de futebol, não um exército. Era um desafio, recuperar jogadores. Futebol vai muito da confiança, do treinamento, do ambiente de trabalho. Foi isso que a gente trouxe. Futebol hoje não adianta ter a qualidade técnica. Precisa transpirar um pouquinho, ser um time copeiro como sempre foi. A gente não baniu o celular. Apenas passamos uma regra, que na hora do almoço, onde eles sentam juntos. Damos o ok para o capitão, que é o D'Ale, para eles interagirem um pouquinho. E isso acontece no almoço e na janta. A questão de horário é normal. Nenhum deles, muito menos eu, tem profissão paralelo. Isso é uma coisa básica, não precisa ter caixinha, tomar dinheiro do jogador. Eles têm tido uma resposta ótima. Então, a gente não faz aquilo para bonito, é para ser cumprido. Sobre os jogadores, é um desafio meu recuperar. É o meu desafio, recuperar Paulão, Anderson, Vitinho, Alex. Ninguém desaprende a jogar futebol. Se eles estão no Inter, é porque alguma coisa mostraram para estar aqui."
Ânimo diferente
"Claro que muda. É normal quando muda o treinador. Cada um tem um perfil diferente. O Diego fez um trabalho muito bom, é campeão gaúcho. Tem que ter essa química entre os jogadores e o treinador. Time de mudo não vai para a lugar nenhum. É um ambiente bom de trabalho. Não só o grupo, como o staff todo. Por isso, tomamos a decisão de manter todo mundo do clube. Só vão ter oportunidade se a gente der. A gente viu o pessoal todo cabisbaixo, um pouco ferido. Lambemos a ferida, futebol é assim. Temos que pensar jogo a jogo. Na Copa do Brasil, fase a fase. Jogamos os primeiros 90 minutos aqui. Conheço o estadiozinho bem ajeitado e respeitar o adversário. No Brasileirão, é pensar jogo a jogo. Volto a dizer, não fizemos mais do que a nossa obrigação. É pensar jogo a jogo e, no domingo."
Time ideal
"Precisamos melhorar em todos os aspectos. Principalmente técnico, disciplina de jogo, e principalmente, no aspecto físico. Não podemos nos iludir. Precisamos trabalhar muito mais. Então, a gente apenas fez a nossa obrigação nesse momento. Com o passar do tempo, jogador de futebol melhor fica. Temos grupo homogêneo."
Cotação ZH: Vitinho é o melhor em campo do Inter contra o Ituano
Vitinho
"A gente está conversando com todo mundo, independente se está jogando ou não. Temos um grupo de qualidade. Tenho confiança total nos jogadores. Conheço o Vitinho há muito tempo. Vivo futebol 24 horas por dia. Estava no Figueirense e olhava sempre os adversários. Não posso me dar o luxo de conhecer só o meu time. A gente já enfrentou a equipe do Inter. Jogadores conhecem a minha forma de trabalhar. Futebol é muito dinâmico. Vitinho é um jogador importante como qualquer outro. Estava triste, sem confiança. Passa muito pela psicologia esportiva."
Acompanhe o Inter no Brasileirão através do Colorado ZH. Baixe o aplicativo:
ZHESPORTES