Foi Clemer, seu técnico nos juvenis, o responsável pela formação de Otávio como meia-atacante. Ele era lateral-direito. Daí a facilidade para cumprir funções defensivas, fechando o corredor.
Não é gaúcho, como muitos imaginam. Veio aos 14 anos para Porto Alegre, por indicação. Ficou duas semanas treinando no Beira-Rio. A aprovação veio sem ressalvas. É paraibano e surgiu no futebol de salão, o que explica o drible curto em pouco espaço. Estava nas escolinhas do Santa Cruz (PE) quando o Inter o descobriu.
Clemer garante que ele está pronto. E o melhor: tem um lado "cognitivo" acima da média. Em outra palavras: aprende rápido, o que o faz evoluir de maneira acelerada. Como é talentoso - o gol no empate em 2 a 2 com o Cruzeiro é prova cabal disso - , o Inter entende que ele pode ser o grande acréscimo ao time de Dunga já na volta das Confederações.
Depois de encher o torcedor do Inter de esperança no surgimento de um jogador especial, Otavio (18 anos, faz 19 só em fevereiro de 2014) tomou o avião rumo a Miami para realizar um sonho de infância na folga até o dia 19: conhecer a Disneylândia, em Orlando.