O meia Alex, campeão da América e do Mundo pelo Inter em 2006, também ex-Corinthians, está hospedado em um hotel em Porto Alegre.
Em férias, deve retornar na quinta para São Paulo.
Conversei com o seu empresário, Luis Carlini.
O país inteiro sabe que o Inter procura desesperadamente um meia, e um meia com o talento e a experiência de Alex é raridade no mercado. Some-se a isso a relação próxima dele com os dirigentes do clube e dá para imaginar como o boato de que ele estaria em Porto Alegre voou.
Por isso fui conferir: de fato, Alex está na capital gaúcha.
- Ele está tirando o passaporte italiano para a esposa e os dois filhos. Entrou com o processo de cidadania em Porto Alegre, quando ainda estava no Inter, e achou melhor não mudar. Além do mais, o Alex adora a cidade - garante o empresário.
Segundo Carlini, o meia de 31 anos não foi procurado pelo Inter, embora admita que a relação de Alex com o Beira-Rio seja especial. Por enquanto, o objetivo é cumprir os dois anos de contrato que faltam com o Al Garafa, do Catar.
Alex já cumpriu um ano de contrato no Oriente Médio, desde que foi vendido pelo Corinthians por R$ 16 milhões. O Inter precisaria de pelo menos 3 milhões de euros (R$ 8,1 milhões) para repatriá-lo. Ganha uma fábula no Oriente Médio, onde é ídolo.
Carlini afirma, entretanto, que Alex sente falta do futebol competitivo, algo que não existe no Mundo Árabe, pelo menos em relação ao Brasil.
- Disso ele sente falta, claro. Também entendemos que, no Brasil, ele teria espaço para disputar um lugar na Seleção Brasileira, que está sendo remontada. Mas não fiz nenhum contato com o Inter ou qualquer outro clube - diz Carlini.
Segundo Newton Drummond, executivo de futebol do Inter, foi feita uma sondagem há mais tempo, mas as informações colhidas foram de que Alex estava muito bem no Catar e pretendia cumprir o seu contrato. Comprá-lo, além de caro, passaria pelos árabes estarem dispostos a liberá-lo.
- Com um jogador como o Alex, com o qual temos contato fácil pelo convívio construído no Beira-Rio, não se fecha portas. Hoje não tem nada, mas o amanhã nunca se sabe - advertiu Drummond.