O Grêmio vai ao ataque. Na luta para se afastar de vez do fantasma do Z-4, o Tricolor foi preparado por Renato Portaluppi para ser ofensivo no jogo desta quarta-feira (27) contra o Cruzeiro. Uma transformação que se desenhou nos treinos desde o empate com o Juventude, mas que tenta resgatar uma das marcas do trabalho da comissão técnica.
A postura mais ofensiva não ficou apenas nas questões de campo. No fim da tarde de terça-feira (26), na chegada da delegação a Belo Horizonte, o presidente Alberto Guerra concedeu uma forte entrevista sobre o momento do Grêmio e as críticas recebidas de alguns profissionais da imprensa esportiva.
Depois de desmentir uma informação de que teria participado de uma conversa com Braithwaite, quando o jogador teria reclamado de algumas situações de trabalho no clube, o presidente afirmou que o clima no clube é de tranquilidade. Após acompanhar os dias de preparação para a partida, o dirigente apontou que o trabalho realizado no CT Luiz Carvalho foi bem feito para deixar o clube em condições de voltar da viagem a Minas Gerais com pontos:
— Não só essa semana, mas nas que passaram mesmo sem os resultados, o clima é bom. Os treinos são fortes, os jogadores entendem a nossa situação e sabem que precisamos de uma vitória. O nível de tensão fica um pouco acima da média. Estamos confiantes em somar pontos aqui.
Guerra também reconheceu que o fim desta temporada ficou aquém do que era esperado pela direção. Mas que a avaliação dos erros e acertos das escolhas feitas pelo clube será feita ao fim do Brasileirão.
— Estamos cientes da situação do Grêmio. Sabemos que chegamos ao fim do campeonato em uma situação, no mínimo, delicada. É uma combinação de vários fatores. Um ano atípico, de muitas dificuldades. Momentos que poderíamos ter uma recuperação e não tivemos todo o elenco à disposição. Tenho a convicção de que não vamos cair. O grupo tem demonstrado que temos condições de fazer bons jogos. Continuar trabalhando. Ter serenidade e calma.
Provável escalação
Como virou praxe na temporada, o Grêmio abraçou o mistério da escalação como aliado antes de um confronto importante. Uma das questões em aberto era a composição do setor ofensivo para a partida no Mineirão. Uma alternativa testada ao longo de várias semanas nos treinamentos apareceu de surpresa no jogo contra o Juventude. Depois de muitos testes, Renato apostou em um ataque com Diego Costa e Braithwaite.
A experiência teve um início de bom rendimento. A combinação dos dois centroavante rendeu o primeiro gol da equipe contra o Juventude. Mas depois, com o decorrer da partida, a aposta não deu o retorno esperado.
— O esquema com dois centroavantes é um desastre total e absoluto. Sobretudo por um jogo como esse que o Cruzeiro vai ter a obrigação de partir mais para cima. O Grêmio, que já perdeu o meio-campo contra o Juventude, com todas suas limitações, perderia com toda certeza para o Cruzeiro. O fato é que o Cruzeiro precisa jogar, precisa pontuar. Então, sim, (prefere) a escalação com pontas, principalmente o Aravena — opina Sérgio Xavier, comentarista do Grupo Globo.
Mas a tendência mais concreta de escalação é pela opção do sistema com dois pontas, uma das marcas do trabalho de Renato no Grêmio. Soteldo e Aravena devem ser novamente os titulares para dar velocidade e drible ao ataque, junto com Braithwaite como centroavante e Cristaldo na armação.
Quer receber as notícias mais importantes do Tricolor? Clique aqui e se inscreva na newsletter do Grêmio.
