
Dez semanas atrás, o futuro do Grêmio transbordava de esperança. Depois de vencer o Fluminense na partida de ida das oitavas da Libertadores por 2 a 1, com Braithwaite e Monsalve integrados ao time, as perspectivas eram positivas. O Z-4 não parecia mais uma ameaça, e a possibilidade de brigar pelo título mais importante da América motivava a torcida.
Uma realidade que agora não se aplica mais. Passados mais de dois meses, o objetivo é evitar matematicamente o risco de rebaixamento no Brasileirão o mais rápido possível e brigar por um lugar na Sul-Americana. E o mesmo Fluminense estará no caminho do Tricolor na próxima sexta-feira (1º), outra vez no Maracanã.
Mais de 70 dias desde a eliminação nos pênaltis, o Grêmio passou por mudanças importantes. A mais significativa foi ter abandonado a ideia do esquema com três zagueiros, estratégia utilizada por Renato para defender no Rio de Janeiro a vantagem por 2 a 1 construída em Curitiba.
Como Rodrigo Ely foi suspenso na partida de ida, o trio de defensores no Maracanã foi formado por Gustavo Martins, Jemerson e Kannemann. O Fluminense abriu 2 a 0 no primeiro tempo e a estratégia foi desfeita na volta do intervalo. Cristaldo e Gustavo Nunes entraram nos lugares de Pavon e Kannemann. O jovem atacante, inclusive, fez o gol que levou a partida para os pênaltis e depois se despediu do clube. Ele foi vendido ao Brentford, da Inglaterra, nos dias seguintes.
—Não acredito que tenha perdido o meio-campo pela escalação que coloquei em campo. Nós tomamos gol de bola parada e contra-ataque. Não estivemos bem no início do jogo. Demos espaços para o Fluminense, cometemos erros e tomamos os gols — explicou Renato após a eliminação.
Seguido do baque da eliminação nos pênaltis para o Corinthians na Copa do Brasil, a queda da Libertadores enterrou de vez um momento que era positivo. Nas seis rodadas do Brasileirão anteriores ao jogo no Rio, o Grêmio tinha quatro vitórias, um empate e uma derrota com time reserva para o Bahia.
Razões gremistas
Depois da vitória sobre o Atlético-GO, no sábado, Renato enumerou as razões pelas quais a temporada não correu conforme o esperado. A enchente e a impossibilidade de mandar jogos na Arena foram as principais justificativas. Mas um outro ponto também foi abordado: a dificuldade de montar um time com as opções buscadas na última janela.
Além da chegada de Braithwaite, jogador experiente e acostumado aos principais campeonatos do mundo, a lista de reforços gremistas contemplou um trio de jovens sul-americanos. Aravena é o mais experiente deles, com 22 anos. Arezo, um ano mais novo que o chileno, e Monsalve, 20 anos, completaram a lista de movimentos feitos.
— Eu acho que o mais importante no momento é a gente fazer os pontos, buscar o máximo de pontos nesse Campeonato Brasileiro, para ver aonde a gente vai chegar — finalizou Renato.
A expectativa é de que os problemas do passado não atrapalhem novamente o Grêmio na busca pelos seus objetivos. A zona de rebaixamento ainda ronda, mesmo que sem ameaçar como já aconteceu ao longo deste ano. A meta agora é disputar uma competição continental em 2025, mesmo que não seja o campeonato que a torcida sonhava.
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