Com intenção de assumir a gestão da Arena, o Grêmio comprou 34% da dívida da construção do estádio por R$ 20 milhões. Além disso, o objetivo é evitar que outros investidores, que não tivessem comprometimento com o clube, fizessem essa negociação.
Contudo, um movimento nesse sentido ocorreu em março, quando a SDG II Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Não Padronizados tornou-se credora ao adquirir, por um valor menor, 66% da dívida da OAS (total de R$ 226,39 milhões) junto aos bancos Santander e Banco do Brasil, conforme o colunista Jocimar Farina.
A SDG é gerida pela paulista Reag. Esta, por sua vez, foi contratada como assessora financeira da transação pela Revee.
São empresas que atuam juntas em negócios e estão investindo em espaços esportivos. Há interesse também em assumir dívidas da construção da Arena Palmeiras, em São Paulo, da Fonte Nova, em Salvador, e da Arena das Dunas, em Natal.
A Reag já havia investido no Cais Mauá, em Porto Alegre, antes de o contrato ser rescindido pelo governo do Estado. Além disso, participou da construção da Arena do Palmeiras e está envolvida na reforma da Fonte Luminosa, estádio da Ferroviária, em Araraquara (SP).
Esse estádio no interior paulista é um dos espaços de atuação da Revee. Por lá está o Distrito Revee, definido como o "primeiro e único complexo de entretenimento versátil e multifuncional do interior paulista".
Enquanto a Reag está no 17º andar do Heliponto Plaza Iguatemi, em São Paulo, a Revee está no 13º andar do Edifício Parque Iguatemi, a 200 metros dali. Ambas ficam na Avenida Faria Lima, no bairro Jardim Paulistano.
O CEO da Reag é João Carlos Mansur. Bacharel em Ciências Contábeis, com mais de 33 anos de experiência em Auditoria, Controladoria e Planejamento Estratégico, atuou como executivo sênior em uma série de outras empresas, como a WTorre Arenas (administradora da Arena do Palmeiras).
Além de São Paulo, a empresa também conta com escritórios em Belo Horizonte, Rio, Brasília (no Estádio Mané Garrincha), Salvador e Miami (EUA).
A Revee tem como CEO Luis Davantel, que também já atuou na WTorre, sendo um dos principais executivos do projeto da Arena do Palmeiras.
Com o propósito de esclarecer o interesse na aquisição da dívida e de uma possível influência na gestão da Arena do Grêmio, a reportagem de Zero Hora solicitou entrevista com os CEO's das empresas. Entretanto, eles optaram por não se manifestar.