O Grêmio tem um encontro com a história neste domingo. A partir das 16h, contra o Bragantino, o Tricolor terá uma nova chance de quebrar a escrita contra um adversário que está invicto contra o Tricolor em sua casa. São oito jogos de domínio do adversário em Bragança Paulista, no Estádio Nabi Abi Chedid, com cinco derrotas gremistas e três empates.
A história deixa claro a vantagem construída pelo Bragantino. A última vez que o Grêmio voltou de São Paulo com um ponto contra o adversário foi há 27 anos. Na ocasião, o jogo era válido pela primeira fase do Brasileirão de 1997, e terminou com um empate em 1 a 1. O zagueiro Éder Gaúcho abriu o placar para o Tricolor, mas o Bragantino empatou no segundo tempo com Paulinho. De lá para cá, foram quatro derrotas gremistas. Três jogos com o placar terminando em 1 a 0, e mais a derrota por 2 a 0 do ano passado.
Fabio Matias conhece bem o palco da partida do Grêmio neste domingo. Após passagem pela base gremista, o técnico trabalhou no time B do Bragantino entre 2022 a 2024. E aprendeu que o time da casa conta com um aliado no piso.
— É o gramado que deixa o jogo mais rápido entre todos do Brasil. É uma velocidade na bola igual ao do sintético. O estádio é com o público muito perto do jogo. O que você não vê mais no campeonato. É uma sensação de alçapão, quase um caldeirão. Mesmo que o estádio não lote — afirmou Fabio Matias.
A média de público na temporada é de cerca de 5 mil torcedores, com o estádio apto a receber até 15 mil. Reverson Pimentel, atualmente preparador físico do Corinthians, trabalhou nos dois clubes. E vê uma questão de encaixe de características do estilo das equipes nos confrontos recentes.
— Jogar em Bragança é muito difícil. Eles colocam uma intensidade muito alta, o que foge um pouco das características do Grêmio, que é um time mais de posse de bola. Não tem muito isso de jogar em transição, o que dificulta — opinou.
O atacante Sorriso, alvo do Grêmio em 2022 após surgir com destaque na base do Juventude, jogou no Bragantino até 2023. Ele fala sobre como é encarar o time paulista em Bragança.
— A torcida sempre apoia muito, e o campo é bastante próximo da arquibancada, o faz com que tenha uma atmosfera de pressão bem favorável para o Bragantino. Outro ponto importante também é que o time joga com muita intensidade. Como é o um time jovem, eles estão preparados para isso. E por isso é muito difícil de jogar lá — afirmou o jogador, que atualmente defende o Famalicão, de Portugal.
Para quebrar essa série negativa, Renato Portaluppi teve os últimos 10 dias dedicados apenas ao treinamentos e ajustes táticos de sua equipe. Recuperado de lesão muscular, Jemerson deve ser titular em São Paulo. Rodrigo Ely, que também voltou a treinar normalmente após o problema físico, é candidato a começar a partida. Caso não tenha condições, Natã Felipe atuará no setor. Gustavo Martins e Kannemann, suspensos, serão desfalque.
A ideia de jogo com Monsalve e Cristaldo juntos no meio de campo foi um dos pontos trabalhados pela comissão técnica. A dupla terá Soteldo como complemento para abastecer Braithwaite no ataque. O venezuelano retornou aos trabalhos com o restante do grupo nesta sexta-feira (13), após jogar por seu país pelas Eliminatórias à Copa do Mundo.