Além da ansiedade para os próximos jogos do Grêmio, o torcedor também tem de lidar com a expectativa do time retornar à Arena. O estádio sofreu diretamente com a inundação que assolou o Rio Grande do Sul. Nesta sexta-feira (31), após alguns dias de avaliação dos danos e limpeza dos estragos, a Arena Porto-Alegrense divulgou imagens internas da casa do Tricolor, anunciou medidas de recuperação e prometeu "trabalho intenso" na ampla restauração do local.
O processo de limpeza da Arena começou na última quarta-feira (29), com dezenas de prestadores de serviços e especialistas nas áreas atingidas. De acordo com o presidente da Arena do Grêmio, Mauro Araújo, logo que as águas tomaram conta do espaço, foi formado um grupo de trabalho focado na recuperação e, quando a água baixou, as equipes já estavam prontas para entrar em ação:
— A logística de recuperação não é simples, mas já estamos trabalhando de domingo a domingo para entregar aos torcedores sua casa recuperada o mais breve possível.
Nas imagens divulgadas pela Arena, é possível observar parte dos danos que a enchente causou ao estádio. Em uma delas, inclusive, aparece um peixe morto em um ambiente interno em meio ao lodo deixado pela água.
Gramado em avaliação
Uma das maiores preocupações do clube e dos torcedores é a situação do gramado, que foi severamente atingido. A gestora da Arena informou que essa questão está sendo avaliada pela empresa responsável. No entanto, ainda não foi divulgado o prazo de recuperação. Enquanto aguarda respostas, a Arena, visando uma limpeza profunda nas infraestruturas subterrâneas, realiza um hidrojateamento em todo o sistema de canalização do estádio.
Ações e desafios
Em comunicado, a gestora do estádio ainda informou que foram instaladas torres de iluminação e geradores para garantir que as equipes possam trabalhar sem interrupções. A nota garante também que minicarregadeiras foram locadas para auxiliar na remoção de detritos e na limpeza das áreas afetadas.
A Arena Porto-Alegrense apontou dois principais pontos dificultadores no processo de restauração da casa gremista. O primeiro deles foi o impacto que os dias de inundação causaram ao sistema de alimentação da subestação da concessionária de energia, que é subterrâneo.
Outro fator também importante é que o bairro Farrapos, onde a Arena está localizada, foi uma das regiões afetadas pela enchente na Capital, sendo um dos últimos a iniciar o processo de evasão da água.