A reposição de um centroavante após a saída de Luis Suárez é a prioridade do Grêmio nesta janela de transferências. Nesse cenário, o nome de Rogelio Funes Mori é avaliado pela direção.
Sem o cartaz de uma estrela mundial, como o uruguaio, o argentino Funes Mori construiu a maior parte da carreira no México, país pelo qual ele se naturalizou e defendeu na última Copa do Mundo. GZH conta a história do jogador na mira do Tricolor.
Nascido em Mendoza, na Argentina, Rogelio Funes Mori foi formado no River Plate, onde desde a base teve como companheiro o irmão gêmeo Ramiro Funes Mori, esse de maior sucesso no clube e com presenças na seleção argentina principal. Rogelio fez sua estreia como profissional em 2009, quando tinha apenas 18 anos. O River Plate passou logo depois pelo pior momento de sua história com o rebaixamento para a segunda divisão, em 2011.
As contratações de nomes de peso para o ataque, como do ex-colorado Fernando Cavenaghi e do francês David Trezeguet para a disputa da segunda divisão, tiraram o espaço de Funes Mori. Ainda assim, ele anotou quatro gols na campanha de volta para a elite.
Foi na temporada seguinte, na primeira divisão, que Funes Mori virou titular do River e viveu seus melhores números pelo clube. Ele anotou sete gols em 32 partidas e acabou negociado com o Benfica por 2 milhões de euros. No total, ele fez 22 gols em 104 jogos pelo River.
Dificuldade em Portugal
Rogelio Funes Mori não encontrou espaço no Benfica e saiu por empréstimo para o Eskisehirsport, da Turquia, após apenas cinco jogos com a camisa do time português. Ao fim do empréstimo, o centroavante foi vendido para o Monterrey, em 2015.
A carreira do jogador agora pretendido pelo Grêmio mudou de patamar no México. Sob o comando do compatriota Antônio “Turco” Mohamed, Rogelio Funes Mori virou figura no Monterrey, que conquistou a Copa do México na temporada 2017.
Mohamed deixou o Monterrey na temporada 2018 e retornou no ano seguinte para levar o clube a dois títulos mexicanos. Funes Mori tem no currículo ainda duas Copas dos Campeões da Concacaf. O centroavante se tornou o maior artilheiro da história do Monterrey em 2021. Atualmente, soma 139 gols em 284 jogos pelo clube — média de 0,4 por partida.
O bom desempenho o levou a receber o convite para defender a seleção mexicana. Em 2021, ele foi convocado pela primeira vez para jogar pelo México, então comandado pelo argentino Tata Martino.
Funes Mori até fez boa participação na Copa Ouro de 2022 anotando três gols na campanha do México até a final, na qual foi derrotado pelos Estados Unidos. Uma lesão muscular em agosto do ano passado, porém, atrapalhou sua preparação para a Copa do Mundo.
Tata Martino recebeu críticas no México por convocar o centroavante voltando de lesão para o Mundial. No Catar, Funes Mori não foi utilizado nos primeiros jogos, contra Polônia e Argentina, e entrou apenas nos minutos finais da vitória sobre a Arábia Saudita, que não impediu a eliminação mexicana ainda na fase de grupos, o que não acontecia desde 1978.
Características
Em termos de característica, Funes Mori levaria Renato Portaluppi a adaptar a forma de atacar do Grêmio. Isso porque o argentino naturalizado mexicano tem um estilo de jogo bem diferente de Luis Suárez.
Funes Mori é um jogador que tem a parte física como principal arma. O centroavante tem um forte jogo aéreo, boa capacidade de disputar com os zagueiros pelo alto e também para fazer pivôs. Ele, no entanto, não é um jogador que participa tanto da construção das jogadas, como faz Suárez, que terminou o Brasileirão como o atleta com mais assistências.
No último Campeonato Mexicano, Rogelio Funes Mori anotou sete gols em 17 jogos, o que significpou uma bola na rede a cada 165 minutos em campo. A média é levemente superior a de Suárez no Brasileirão, de um gol a cada 170 minutos. Em termos de assistências, porém, Funes Mori deu apenas duas nas 17 partidas que disputou.
Funes Mori em sua última temporada
- Jogos: 17
- Gols: 7
- Assistências: 2
- Chutes por jogo 1,6
- Conversão de chutes: 26%