No jogo contra o Atlético-MG, às 16h, no domingo (26), o Grêmio reencontrará um Felipão reinventado. Após se despedir da função de técnico, em novembro de 2022, o treinador voltou à casamata em junho deste ano. Depois de um início de maus resultados na equipe do Belo Horizonte, com eliminação na Libertadores e nove partidas sem vencer, o profissional encontrou o caminho para tirar o melhor do elenco mineiro.
— O Felipão conseguiu entender as características do grupo. Os jogadores assimilaram as ideias dele. O grupo foi montado pelo Coudet, que tem um estilo diferente. Aos poucos, ele foi entendendo o que poderia fazer, principalmente com o Paulinho, que foi colocado mais perto do Hulk — destacou Henrique André, setorista do Atlético-MG na Rádio Itatiaia.
Além da melhor campanha no returno, com 30 pontos e 66,6% de aproveitamento, existe um outro número que evidencia a evolução do time. Com apenas 27 gols sofridos, é do Galo a melhor defesa da competição nacional.
— Defensivamente, o Felipão é muito bom. O Atlético-MG tem a melhor defesa. Ajustar o sistema defensivo também foi um mérito do Felipão. Com o Coudet, o Atlético-MG sofria muito gol — ressaltou Henrique.
Com 75 anos, Felipão é o mais experiente entre os técnicos da Série A. Na carreira vitoriosa, foram quatro passagens pelo Grêmio. A última foi entre julho e outubro de 2021. Depois, em maio de 2022, assumiu o Athletico-PR, onde foi vice-campeão da Libertadores e ficou até novembro, quando anunciou a aposentadoria como treinador.
— Eu vou parar como treinador. O novo comandante deve ser o Paulo Turra. Serei o diretor-técnico, um cargo novo, que não conheço muito bem, mas que vou procurar aprender o mais rápido possível — disse Felipão na época.
A experiência como diretor-técnico do clube paranaense, no entanto, durou poucos meses. Chamado por Rodrigo Caetano, em junho, voltou a exercer o cargo em que mais teve sucesso no futebol. Com contrato até dezembro de 2024, Felipão já participa do planejamento para a próxima temporada.
— Ele tem contrato até o final de 2024. O assunto dentro do clube é que ele permanece. Ele, inclusive, está ajudando no planejamento. Só se acontecer uma tragédia e o Atlético-MG ficar fora da Libertadores para ele não ficar — afirmou Henrique.