
A noite desta quarta-feira (12) definirá os rumos do Grêmio em 2023. A decisão contra o Bahia, pelas quartas de final da Copa do Brasil, simboliza a encruzilhada do clube em relação aos objetivos na temporada. Agora que a chance de alcançar o Botafogo no Brasileirão parece mais distante e com a questão das dores do joelho de Luis Suárez a ser resolvida nos próximos dias, a partida na Arena, a partir das 19h, é a oportunidade de manter torcida e a equipe mobilizadas na busca por um título de expressão no ano após o retorno da Série B.
A Copa do Brasil voltou a ganhar ares de prioridade no Grêmio após a derrota de domingo. Com 10 pontos atrás do time carioca no Brasileirão e sem as mesmas condições de investimento de outros candidatos ao título de pontos corridos, como são os casos de Palmeiras e Flamengo, o histórico do clube em jogos de mata-mata volta a ser uma esperança para o hexa no tor.
O histórico de conquistas do Grêmio passa muito pela Copa do Brasil. São cinco títulos, e 15 vezes que alcançou ao menos a fase semifinal da competição. Só o Cruzeiro tem mais taças, com seis, e o Flamengo se iguala no rendimento das campanhas.
— A Copa do Brasil significa muito no Grêmio. Fomos os primeiros campeões. Isso marca muito. Depois vieram mais quatro títulos. Até financeiramente é uma alternativa muito boa para o clube em um ano difícil — avalia Rafael Bandeira, vice de futebol no primeiro título do Grêmio no torneio, em 1989.
Mas além de contar com a história como aliada, o Grêmio tem outro trunfo para a partida decisiva contra o Bahia: o fator Renato Portaluppi. Desde que passou a treinar o clube, o desempenho gremista é de excelência na competição. Seu pior rendimento como técnico no clube aconteceu em 2018, quando caiu para o Flamengo nas quartas. Além do título de 2016, Renato levou a equipe à decisão em 2020 e às semifinais em 2013, 2017 e 2019.
— A Copa do Brasil, assim como a Libertadores, tem uma mística diferente para o torcedor gremista. Pelas características do clube, desde sempre, a identificação é muito maior com as copas. Ainda mais em um ano onde não estamos disputando o torneio continental e recém voltamos da Série B. Com o nível de competição muito alto no Brasileirão, a Copa do Brasil é a grande vontade do torcedor — garante Hans Ancina, torcedor gremista e comunicador da Rádio 92.
Além de toda a questão emotiva, a classificação às semifinais tem impactos reais no planejamento do Grêmio para a temporada. Em um ano de dificuldades financeiras, o pagamento de R$ 9 milhões por alcançar a próxima fase da competição é a garantia da injeção de recursos importantes para a gestão fechar as contas do ano.
Após o empate em 1 a 1 na partida de ida, em Salvador, quem vencer o jogo avança às semifinais. Em caso de novo empate na Arena, a vaga será decidida nos pênaltis.
Histórico do Grêmio com Renato na Copa do Brasil:
- 2013: eliminado na semifinal para o Athletico-PR
- 2016: campeão sobre o Atlético-MG
- 2017: eliminado na semifinal para o Cruzeiro
- 2018: eliminado nas quartas para o Flamengo
- 2019: eliminado na semifinal para o Athletico-PR
- 2020: perde a final para o Palmeiras