Um lance no final do primeiro tempo do jogo entre Grêmio e Fortaleza no último domingo (14), na Arena, causou polêmica entre os torcedores do Tricolor. Depois de um cruzamento de Suárez na área, um dos zagueiros do time cearense afastou de cabeça, mas a bola bateu na mão do companheiro de equipe. O árbitro Bruno Mota Correia demorou menos de 10 segundos para determinar o fim da etapa inicial.
Em programa divulgado pela CBF, o presidente da Comissão de Arbitragem da entidade, Wilson Seneme, explicou o lance e ratificou a marcação assinalada em campo pelo juiz carioca.
—Aqui a gente vê mais um caso de "fogo amigo", quando um companheiro joga a bola no braço do outro. O defensor quis tirar a bola para fora da área. E aí o companheiro, de costas, recebe o impacto da bola, sem intenção ou sem movimento antinatural. Todo mundo salta com o braço aberto. Nesse caso, vem de um companheiro que quer tirar e não tem contexto para sancionar uma infração nesta ação — defendeu Seneme.
A explicação do presidente da comissão foi acompanhada de um vídeo com o áudio do árbitro de vídeo. Thiago Duarte Peixoto, de São Paulo, disse as seguintes palavras:
— A bola vem do próprio companheiro. Joga, Bruno. Joga, Bruno.
Como o lance foi o último do primeiro tempo, os jogadores do Grêmio e os torcedores ficaram na bronca com a decisão do árbitro. Depois do jogo, tanto o técnico Renato Portaluppi, quanto Paulo Caleffi, vice de futebol do clube, reclamaram.
— Na minha concepção, tivemos um pênalti. Falei com o árbitro. Ninguém toma uma decisão nesse tempo (2 ou 3 segundos), por mais claro que seja. A bola não pegou nas costas do jogador, pegou no braço. Não sei se acabou por conta própria ou foi o VAR — argumentou Renato.