Quase quatro mil quilômetros separam Porto Alegre de São Luís. Isso, porém, não impediu que o Grêmio despertasse a paixão no coração de uma maranhense. Depois de morar por 15 anos no Rio Grande do Sul, a advogada Yoya Bessa retornou à sua cidade natal em 2003. Na manhã desta quinta-feira (29), ela foi ao hotel onde a delegação está hospedada na tentativa de cruzar com alguns de seus ídolos.
— Eu nasci aqui, mas sou gremista desde pequena. Quando fui morar em Porto Alegre, meu companheiro era gremista. Acabou que fiquei mais gremista que ele. Mas meu pai também nasceu aqui e era colorado doente. Ele me dizia: "Como um pai colorado pode ter uma filha gremista?"— brinca ela.
Além de torcer pelo clube gaúcho, um outro evento do destino une Yoya à passagem do Tricolor pela capital maranhense. O Estádio Nhozinho Santos, local onde o técnico Renato Portaluppi comandará o último treino, com portões fechados, foi batizado pelo pai dela.
— Foi um projeto dele quando era vereador para homenagear um homem chamado Joaquim Moreira Alves dos Santos, que foi um comerciante da indústria têxtil, tinha fábricas aqui e foi a primeira pessoa a trazer um carro para São Luís. Era também um fomentador do esporte na cidade — conta.
Além disso, o jogo contra o Sampaio Corrêa, nesta sexta (30), fará com que a advogada assista a um jogo no Estádio Castelão pela primeira vez na vida:
— Lá em Porto Alegre eu ia aos jogos no Estádio Olímpico, mas acredita que eu nunca fui ao Castelão? Agora comprei ingresso para o setor da torcida mista. Está sendo complicado assistir aos jogos do Grêmio na Série B, mas a paixão é maior e temos que apoiar de todo jeito.