Na última terça-feira (16), a prefeitura de Porto Alegre esteve reunida com o Ministério Público para buscar soluções para o imbróglio que envolve o Grêmio e a construtora OAS na finalização das obras da Arena e na conclusão do projeto que envolve a demolição do Estádio Olímpico. Para o prefeito Sebastião Melo, a decisão ocorre em razão de muitas cobranças de moradores dos arredores por falta de segurança e limpeza.
— A cidade é maior do que qualquer empresa privada. Eu não vou submeter à qualquer empresa privada que venha para Porto Alegre. Eu sou amigo do empreendedor, mas têm regras. Não pode ficar assim, com todo mundo me cobrando todos os dias nas redes sociais, e a OAS escondida atrás do toco. Esse assunto vai ser resolvido na minha gestão. Se ela (OAS) quiser conversar, estamos aqui. Mas não sei quem é quem, nunca foi procurado por eles — afirmou o prefeito em entrevista ao Gaúcha Atualidade.
O prefeito determinou à Secretaria de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade a elaboração de projeto de lei, que será enviado à Câmara Municipal, para definir prazo de um ano para o início das obras na área do Olímpico e entorno da Arena.
— Vamos ver o que vai acontecer a partir de agora. Eles podem apresentar um projeto em um ano. Se não apresentarem, eu posso desapropriar o terreno e, com o dinheiro, fazer as contrapartidas. A lei não deu um prazo para aplicação das obras, precisamos alterar o regime — destacou Melo.
Procurada, a construtora OAS ainda não se posicionou. Caso as intervenções não comecem neste período, a prefeitura pretende revogar o regime urbanístico especial e instituir um regime básico, de acordo com o entorno de ambas as regiões. A condição especial foi permitida, na época, pois o projeto apresentava a construção de um shopping, torres residenciais, obras de transporte e drenagem.