Com três rodadas pela frente antes de completar o primeiro turno da Série B, o Grêmio terá a oportunidade de fazer dois jogos seguidos na Arena e alcançar uma marca importante. Caso vença Náutico, nesta sexta-feira (8), às 21h30min, e Tombense, dia 16, chegará aos 32 pontos, faltando uma rodada para o término da metade inicial da competição.
Desde 2006, quando a Segunda Divisão passou a ter 20 times em turno e returno, apenas uma vez um clube que somou 64 pontos não subiu - São Caetano, em 2012, foi quinto com 71. A expectativa da direção é de que 20 mil pessoas assistam ao jogo na Arena.
Depois de um início turbulento, o Grêmio conseguiu se aproximar do G-4 e entrar no grupo que garante o acesso para a Primeira Divisão. E o fator local foi um dos principais pontos da arrancada da equipe. O time de Roger Machado é o quarto melhor mandante da competição em aproveitamento, com 16 pontos em sete jogos, cerca de 76% dos pontos disputados.
Ney Franco, campeão com o Coritiba em 2010, enfrentou uma situação parecida com a do Grêmio. Após a queda com a equipe paranaense no Brasileirão em 2009, o técnico viu a equipe sofrer para entender como a Série B deveria ser disputada. Mas com o tempo, o time conseguiu encontrar o caminho e terminou a competição como melhor mandante daquela edição. Dos 71 pontos somados, o Coritiba fez 42 em casa.
— A Série B é um competição longa. A equipe precisa manter uma regularidade. Este ano, só o Cruzeiro disparou. O início da Série B é difícil para os times que caíram. Agora, o Grêmio já encontrou esse caminho e está no bolo dos candidatos. O (técnico) Roger (Machado) observou as carências e agora estão chegando reforços — comentou o técnico.
Campeão com o Joinville em 2014, Hemerson Maria cita que o mais importante para este momento da competição é seguir pontuando e não fixar metas de longo prazo. Com o final do primeiro turno se aproximando, o planejamento do clube precisa seguir restrito a um período pequeno de partidas. O Grêmio, por exemplo, dividiu a competição em blocos de seis jogos.
— É importante demais, até pela questão de motivação dos atletas. Enxergam que o objetivo está próximo. Se você começa a fazer contas de sequências mais longas, o objetivo parece mais distante. É fundamental ficar nesse grupo dos líderes e só projetar jogo a jogo. Não adianta ter metas de prazo maior. É definir alguns blocos de partidas. Colocar metas mais curtas. Se você não alcança, cria frustração no grupo — avaliou.
Patrício sabe bem as dificuldades da Série B. Em 2005, era um dos líderes do grupo que venceu o Náutico na Batalha dos Aflitos e garantiu o acesso. O ex-lateral-direito relembra que os jogadores mais veteranos da época se mobilizaram para assumir a responsabilidade em um momento parecido com o que o atual time enfrenta.
— O Grêmio era o time a ser batido, como é agora também. O (técnico) Mano (Menezes) sempre nos ouviu para saber como o grupo estava se sentindo. É uma competição muito difícil. Hoje, vemos Geromel e Kannemann chamando a atenção da gurizada. Precisa ter a responsabilidade com o clube. Em geral, vejo esse comprometimento no time. A Série B é ruim de jogar mesmo.
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