Em recuperação de lesão ligamentar no joelho esquerdo, o meia Martín Benítez não tem permanência assegurada no Grêmio para o segundo semestre. Após poucas utilizações nos primeiros meses do ano e com um alto salário, o jogador poderá deixar o clube caso não receba oportunidades depois da liberação para atuar, prevista para as próximas semanas.
O argentino teve diagnosticada uma lesão num treinamento no começo do mês de junho. O período para tratamento conservador levaria até seis semanas. Segundo apuração da reportagem de GZH, a projeção é que ele demore mais 15 dias para ser reintegrado.
Em paralelo, o rendimento do camisa 8 não agradou aos dirigentes e membros da comissão técnica. Em função do esquema tático, que variou do 4-1-4-1 e 3-4-3, nenhum meia tinha destaque na formação de Roger Machado. Os últimos treinamentos e jogos indicam a mudança para o 4-2-3-1, com um articulador. Atualmente, além do argentino, Campaz, Pedro Lucas e Gabriel Silva podem ser aproveitados no lugar.
No primeiro semestre, Benítez atuou somente por 483 minutos pelo Tricolor. Foram 12 jogos e muito mais tempo no banco de suplentes do que nos gramados. Ele chegou a treinar como volante para ter chance de mais aproveitamento.
Logo, caso o jogador não tenha reaproveitamento imediato, o departamento de futebol relata que poderá dar prosseguimento as sondagens recebidas por ele. Benítez pertence ao Independiente-ARG, com vínculo até 2023, sendo que está emprestado ao Tricolor até o final de 2022. Há uma cláusula de aquisição dos direitos econômicos do atleta em caso de utilização em 60% dos jogos por 45 minutos, índice que dificilmente será atingido pelo decorrer da temporada.
A direção do Grêmio pretende aliviar a folha salarial mensal, que está na casa de R$ 11 milhões. Inicialmente, a meta era gastar, no máximo, R$ 7,5 milhões. Thiago Santos, Lucas Silva e Diogo Barbosa são os atletas com maior possibilidade de saída para diminuir os custos.