A passagem do Grêmio pela Segunda Divisão apresenta alguns adversários incomuns. Entre eles está o simpático e peculiar Sampaio Corrêa, oponente no sábado (18), na Arena. O clube do Maranhão é um veterano na Série B. Nas últimas 10 edições do torneio, esteve presente em sete.
Campeão em 1972, o Mais Querido também tem as taças da terceira e da quarta divisões nacionais. Este ano, faz uma campanha que oscila bastante. A seguir, em cinco tópicos, conheça um pouco mais da equipe maranhanese.
1) A campanha
O Sampaio Corrêa é o oposto do Grêmio. Quando o time de Roger Machado está em campo, há a certeza de um placar enxuto. Sua equipe sofre pouco gols e é pouco efetiva na frente. São nove marcados e quatro sofridos. O que significa que os jogos gremistas na Segunda Divisão têm, em média, 1,08 gol a cada 90 minutos. O adversário de sábado foi às redes 13 vezes, mesma quantidade de vezes que foi vazado, o que gera um índice de 2,1 gols, em média, a cada vez que o time maranhense entra em campo.
A campanha tem sido de altos e baixos. O time ainda não conseguiu engatar uma sequência de bons resultados. Com 16 pontos, está no meio do caminho entre o céu e o inferno. Começou a rodada a três pontos do G-4, mesma distância para o primeiro morador da zona de rebaixamento. Fora de casa somou somente um ponto em seis partidas.
Esta é a terceira temporada seguida na Série B. O melhor desempenho foi no ano do retorno, em 2020, quando terminou o torneio na sexta posição, a quatro pontos de um lugar entre os quatro primeiros.
2) O técnico
Responsável por quase colocar o clube de volta à elite do futebol brasileiro, o que não acontece desde 1986, Léo Condé está mais uma vez no comando do time. Ele é daqueles profissionais que vira e mexe retorna ao Sampaio. Essa é a sua terceira passagem nos últimos sete anos.
No currículo, Condé tem dois títulos maranhenses. No ano passado, comandou o Novorizontino na Série C. Acabou demitido após cinco paridas em 2022. Seu trabalho neste retorno demorou a engrenar. No Estadual, empatou os cinco jogos em que treinou a equipe.
3) O time
Condé montou uma equipe bastante objetiva. O Sampaio é o quinto time que menos trocou passes na Série B. Os principais jogadores estão no setor ofensivo. Junto com Diego Souza, Gabriel Poveda ocupa a vice-artilharia do torneio, com cinco gols, um a menos que Lucca, da Ponte Preta.
Seu companheiro de setor ofensivo é o rápido Pimentinha. Ele teve uma passagem indigesta pelo Botafogo que durou menos de um mês. Com 20 dribles, o atacante é o maior driblador da Segunda Divisão, segundo dados do Footstats.
O meia Rafael Vila será desfalque. Ele cumpre suspensão automática por ter recebido o terceiro cartão amarelo na vitória sobre o Náutico..
4) A história
A escolha do nome e das cores do clube está entre as histórias mais inusitadas do futebol brasileiro. José Matoso de Sampaio Corrêa era, em dezembro de 1922, o presidente do Aeroclube Brasileiro e seu nome batizou o hidroavião que naquele ano fez pela primeira vez o trajeto entre os Estados Unidos e o Brasil.
O Sampaio Corrêa II posou em São Luís na tarde de 12 de dezembro. E, em março do ano seguinte, o clube foi fundado. O aventura que ligou as Américas do Norte e do Sul foi comandada pelo piloto brasileiro Pinto Martins e pelo americano Walter Hinpton. Martins vestia uma camisa verde e amarela, Hinpton, vermelho e branco. A partir dessa combinação o verde, o amarelo e o vermelho foram escolhidas como as cores do clube.
5) Múltiplos apelidos
Poucos times possuem tantos apelidos como Sampaio. O Tubarão, mascote do clube, é conhecido por Bolívia Querida, por ter as mesmas cores da bandeira boliviana, o Mais Querido, Tricolor de São Pantaleão e Esquadrão de Aço.