Na opinião de Roger Machado, a instabilidade do Grêmio durante os 90 minutos diante do Mirassol foi o fator preponderante para a derrota por 3 a 2 e a eliminação precoce na Copa do Brasil. O técnico entende que será necessário recuperar a autoestima dos atletas, que vêm do rebaixamento no ano passado e agora acumularam mais um revés.
— Comentei com eles (jogadores) no vestiário que o grupo não pode se habituar a perder. É preciso reconstruir nesse ano pra fazer uma competição sólida e conquistar os nossos objetivos, principalmente retornar para a Série A. É evidente que o insucesso pesa e tem de pesar, mas no final de semana já temos um outro jogo. Precisamos entender o nosso momento e reunir forças para seguirmos — disse Roger, destacando os momentos de oscilação da equipe na partida:
— Sucumbimos aos primeiros momentos de pressão, que sabíamos que o adversário sempre impõe em casa. Não conseguimos controlar a bola nos primeiros cinco minutos. Depois, pecamos em dois momentos que tínhamos a bola e entregamos rapidamente ao adversário. Fizemos um jogo de muita instabilidade. Por vezes controlando, por vezes sendo controlado. E estes momentos permitiram que o adversário fizesse os gols.
Durante o segundo tempo, especialmente quando o Mirassol teve Camilo expulso e ficou com um jogador a menos, o Grêmio foi para o ataque através das substituições promovidas por Roger, que colocou Campaz, Benítez, Elias e Churín em campo. No entanto, o Grêmio só esteve perto do empate em um lance nos acréscimos. Para o comandante, pensando no futuro da temporada, serão necessários reforços, pois somente os jovens da base não serão suficientes.
— Vamos fazer um time muito competitivo para a Série B. Acredito que podemos elevar muito o nível do time encaixando o modelo com as características, mas vamos precisar fortalecer esse elenco. Nosso grupo é muito jovem, com uma média de 23 anos e muitos jogadores da casa. Eles carregam uma grande identificação com o clube, mas vão oscilar durante o processo. E essa oscilação foi em jogos como o de hoje. A partir de agora, mais do que nunca, a gente foca em fortalecer o time e o emocional, pois as cobranças vão ser duras.