A goleada sobre o São Luiz no sábado (19) marcou o retorno do técnico Roger Machado ao comando técnico do Grêmio. Depois de demitir Vagner Mancini pelo mau desempenho nos primeiros jogos do Gauchão, o time gremista fez uma atuação bem diferente daquelas que vinham sendo exibidas pelo Tricolor nas primeiras rodadas do Gauchão.
Ainda que não tenha tido muito tempo para treinar a equipe — foi apresentado na terça e fez seu primeiro treinamento com todo elenco apenas na sexta —, o treinador conseguiu agradar a torcida com o desempenho apresentado na partida da oitava rodada do Gauchão.
A mudança de nominata na escalação não foi tão grande, mas marcou com algumas trocas. Brenno foi definido com o goleiro titular e o meio-campo não contou com nenhum volante com aquela característica de primeiro homem mais marcador que apoiador.
— Tive pouquíssimo tempo para trabalhar. O mínimo é o máximo neste momento. Quando se trabalha com jogadores inteligentes, o pouco que foi feito já surte efeito. Vai depender do tempo para trabalhar e para desenvolver modelos diferentes. Busquei dar tranquilidade e suporte aos atletas com informações pontuais. Tentei fazer o casamento das características dos jogadores que tínhamos para a partida — disse o treinador após a partida.
A primeira mudança que pôde ser vista diz respeito ao esquema tático utilizado por Roger Machado. O Grêmio foi montado no sistema tático 4-1-4-1 no lugar do 4-2-3-1 (que ele costumava usar em 2015). Villasanti ficou como volante central tendo Bitello à sua direita e Gabriel Silva à sua esquerda, jogando como meias internos, de intermediária à intermediária.
Outra alteração do novo treinador foi a forma de marcação. Com Mancini, o Grêmio fazia uma marcação por encaixes com perseguições. Ou seja, quando um adversário entrava no setor, aquele jogador do Grêmio era responsável pela sua marcação e devia persegui-lo se ele saísse dali.
Com Roger, a marcação mudou para a zona. Ou seja, o time se posiciona no 4-1-4-1 sem a bola e os jogadores não deixam seus setores. Exemplo, o lateral-esquerdo adversário inicia marcado pelo ponta direita. Se ele se mexe para o centro há uma troca e quem fica responsável pela marcação é o Bitello.
A entrada de Villasanti, Bitello e Gabriel Silva também deixou o time do Grêmio mais leve, contrastando com as opções de Vagner Mancini, que vinha escalando Thiago Santos e Lucas Silva, jogadores de menos mobilidade e mais marcadores.