Percebe-se, de uma maneira geral, que há uma certa desconfiança em relação aos dois jovens goleiros do Grêmio. Na minha época de dirigente do futebol, tínhamos Ademir Maria e Eduardo. Quem acabou jogando foram os jovens Danrlei, Murilo e Emerson. Admitindo que precisávamos de um pouco de experiência, contratamos Silvio, que mesmo não sendo titular, prestou excelentes serviços ao clube. Foi um excelente goleiro e um grande profissional.
Mais adiante, o Grêmio tinha Marcelo Grohe pedindo espaço e o Tricolor cometeu o equívoco de trazer Dida em final de carreira, sob o pretexto da experiência. Paulo Victor, Júlio César e Vanderlei não deram conta do recado. Agora, surgiram dois goleiros que, assim que tiveram chance, foram para as seleções olímpica e principal.
No entanto, fala-se na contratação de um profissional experiente para a função. Não tenho nada contra, mas o receio é de que o dito experiente passe a jogar somente pela tal experiência, mesmo inferiores aos jovens. Devemos lembrar que Gabriel Grando e Brenno foram alçados num dos piores momentos do Grêmio e nunca decepcionaram.
Finalizando, penso que deverá ser feita uma profunda avaliação, considerando a história do clube e principalmente os requisitos de um goleiro experiente. Creio que esta posição não é prioritária para o Grêmio neste momento. Há outras questões que me parecem anteriores para decisão.