O trabalho de Vagner Mancini ainda não trouxe os resultados que o Grêmio precisa, mesmo faltando nove jogos para o final do Brasileirão. No entanto, ele e o vice de futebol garantem que os treinamentos e avaliações do departamento fazem a equipe acreditar que estão no caminho certo. Depois do primeiro momento de recuperação anímica, e do segundo, de adaptação tática, agora o plantel deve encaminhar os ajustes para descobrir o que ainda não foi consertado pela comissão técnica.
— Não posso escalar a equipe levando em consideração se o atleta discutiu com o gandula. A gente vive o dia a dia do clube. Temos, ao longo da semana, muita coisa a analisar. Não culpo atleta nenhum, culpo sistema ofensivo e sistema defensivo. Se estamos tomando muitos gols, e eu acho que estamos, temos que estancar isso. Mas o ofensivo também está falhando. É fácil achar culpados, eu estou aqui para achar solução — avaliou o treinador, em entrevista coletiva após a derrota por 1 a 0 para o Inter, no Gre-Nal 434, nesse sábado (6).
Tal equilíbrio na relação entre sistemas defensivo e ofensivo foi exemplificado com a colocação de Jean Pyerre no lugar de Lucas Silva no segundo tempo. O camisa 88 foi a peça encontrada no banco de Mancini para, abrindo mão de um marcador, ganhar em qualidade de passe na metade do campo.
— (Jean Pyerre) Foi usado no lugar de volante porque eu precisava de saída de bola qualificada. Perdemos em marcação, mas ganhamos em qualidade. Campaz também entrou, mas não repetiu o que foi com o Atlético, então precisávamos de ocupação do campo de ataque — explicou.
Em busca da solução, o colombiano era cotado para iniciar o duelo como titular, depois do gol marcado no Mineirão, na quarta, e da boa atuação contra o líder do Campeonato Brasileiro. No entanto, a manutenção de Villasanti e o tripé de volantes com Lucas Silva e Thiago Santos foi a escolha feita por Mancini — que já admitiu que irá buscar alternativas táticas que respondam com resultado positivo. Diego Souza também foi colocado no time no decorrer da partida, novamente sem jogar melhor do que o titular Borja.
— Se eu soubesse que Campaz e Borja seriam a eventual solução para o time, eu teria deixado eles. Mas não podemos ver futebol assim. Cada jogador tem uma história cada semana, nos passa sentimento ao longo do trabalho — argumentou o técnico.