O Grêmio já se movimenta nos bastidores para tentar aliviar possível punição no STJD. O clube tenta identificar os torcedores envolvidos na invasão no campo após a derrota para o Palmeiras para atenuar a provável condenação. Os primeiros passos já estão sendo executados pela instituição para evitar complicações nas próximas partidas.
No começo desta tarde (1º), em nota oficial no site do Tricolor, o posicionamento inicial foi apresentado. Internamente, os responsáveis pela segurança, além do Departamento do Torcedor, já começaram a analisar as imagens tentando detectar cada um dos invasores.
"O clube não irá se furtar de tomar as medidas internas cabíveis, após a apuração e a responsabilização dos indivíduos envolvidos no episódio. Por fim, o Grêmio renova o seu compromisso com o estrito cumprimento das leis e com a manutenção da ordem pública, permanecendo à disposição e atuando proativamente", explicou o comunicado oficial.
Já Nestor Hein, diretor jurídico, adota discurso ainda mais forte. Segundo o dirigente, o atos de vandalismo não podem passar ilesos, mas defende punições aos responsáveis.
— Imagina se tiver agora de jogar sem o apoio da nossa torcida por causa de algumas pessoas. Não quero esconder os erros do Grêmio, incompetências de diretoria, mas só acrescenta a isso. Não é questão de falha — relatou. — Pessoas assim não podem conviver em sociedade e comprometem toda uma estrutura de clube — completou.
A medida gremista já é vista como um instrumento da defesa do Tricolor. Porém, segundo especialistas, a visibilidade que o caso teve não deixará o clube sem penalidades, que dependerão da denúncia do STJD e do futuro julgamento.
— A identificação ajuda a atenuar, mas não ameniza totalmente. O que geralmente ocorre é quando são todos identificados e não há grande prejuízo ao espetáculo. Embora tenha sido após a partida, as imagens são muito fortes — disse Décio Neuhaus, ex-auditor do STJD.
O rito de prazos em média é de análise do tema com 15 dias após a denúncia da Procuradoria do Tribunal. Logo, a tendência é de que, por volta de 20 de novembro, o caso do Grêmio entre em pauta. Mas a notoriedade do tema pode pressionar para encurtamento da análise.
— Por conta da gravidade, o Tribunal será célere. A repressão tem de ser imediata — aposta Neuhaus.
Nos bastidores, há cogitação da Procuradoria do STJD obter a interdição da Arena através de liminar. Acredita-se que, pela repercussão do fato, tal condição poderá ser concedida pela presidência da entidade quando o recesso do feriado acabar, ou seja, a partir de quarta (3).