A estreia de Vagner Mancini no Grêmio foi vitoriosa, positiva. Além dos 3 a 2 diante do Juventude, o time pareceu mais intenso que nos jogos em que estava sob o comando de Luiz Felipe Scolari.
Uma das lideranças do vestiário gremista e que vem dividindo a braçadeira de capitão da equipe com Kannemann, o lateral Rafinha concedeu entrevista coletiva virtual na tarde desta terça-feira (19) e comentou não só a chegada do novo comandante, como também a saída de Felipão e a mudança de estilo no modo de pensar futebol.
— A gente estava correndo muito atrás dessa vitória. Sabemos da nossa situação, da nossa posição na tabela. E teve um impacto muito grande (no ambiente). Vínhamos de uma troca de treinador, precisando vencer e essas coisas extra-campo influenciam bastante. Era uma decisão, como todas as outras vão ser. Tivemos uma força extra, a nossa torcida, que foi uma dos fatores da vitória. Sabemos que a caminha é longa, mas precisávamos vencer para tranquilizar o ambiente e agora o professor Mancini tem uma semana cheia para conhecer melhor o grupo — comentou o jogador de 36 anos.
Segundo o ex-lateral de Flamengo e Bayern de Munique, o desafio agora é manter o que foi feito diante do Juventude:
— A intensidade da nossa equipe contra o Juventude foi diferente porque sabíamos que era o momento de vencer, com a torcida a favor. Eles foram o 12º jogador. Eles cantaram mesmo quando levamos o gol e isso ajuda. Quando o time está dentro de campo, correndo, com a a torcida empurrando, as coisas fluem normalmente. Essa intensidade (do time) não pode baixar para que a gente possa conseguir outros bons resultados.
Contratado a pedido de Renato Portaluppi, com o qual sequer conseguiu atuar, Rafinha garante que ainda não está pensando no futuro e por isso não pode afirmar se irá ou não renovar seu contrato com o clube.
— Eu ainda não parei pra discutir isso com a diretoria do Grêmio. O momento é concentrar nessa reta final de Brasileiro. Eu estou feliz aqui, me identifiquei, com a garra e a tradição do clube. Estou feliz e quero terminar da melhor forma, mas agora a diretoria tem outras coisas para se preocupar mais, do que renovação. Estou feliz e depois do final do campeonato a gente pensa sobre isso.
Ainda durante a entrevista, o camisa 13 foi questionado sobre as diferenças de estilo entre Luiz Felipe Scolari e Vagner Mancini.
— São treinadores diferentes. O professor Felipe prezava mais pela marcação, um treinador mais conservador. O Mancini gosta mais de transição, mais intensidade, atacar bastante. Não é que um trabalho é melhor do que o outro. O professor Felipe conquistou vários títulos com seu sistema, mas infelizmente não estava dando certo, os resultados não estavam aparecendo. Mas a gente torce que com a mudança encontre o caminho das vitórias, que é do que precisamos — avaliou o jogador que tem 32 jogos com a camisa tricolor.