O final da temporada de 2021 deverá ser de despedida para Bruno Cortez no Grêmio. O lateral-esquerdo, que está desde 2017 no elenco, deverá deixar o clube no final do atual contrato, que tem duração até 31 de dezembro. A renovação, que já tinha sido sinalizada a admitida publicamente, foi revista e o assunto perdeu força. Atualmente, o jogador briga para compor os relacionados nas partidas do Tricolor.
Contratado após passagem pelo futebol japonês, o camisa 12 chegou a Porto Alegre sob desconfiança. Pelo desempenho em campo, ganhou a posição de Marcelo Oliveira, que meses antes tinha sido campeão da Copa do Brasil e era uma das lideranças do plantel.
Com a chegada de Caio Henrique e, posteriormente, Diogo Barbosa, além do rendimento contestado, o atleta viu a titularidade ser desbancada em 2020. Renato Portaluppi o considerava bem posicionado defensivamente, além da capacidade física que sempre foi elogiada.
Internamente, o jogador foi bem quisto sempre pelos companheiros. Inclusive, enquanto os demais gozavam de férias nesta temporada, Cortez se colocou à disposição para ser utilizado pela equipe de transição na abertura do estadual. Ele foi o capitão gremista nos primeiros jogos do Gauchão e aumentou a chance de renovação.
Porém, pela saída de Renato, o lateral não teve o conceito mantido com Tiago Nunes e Felipão. Com os novos treinadores, o camisa 12 atuou em 25 oportunidades, sendo em 16 como titular. Nos últimos meses, luta para ficar como reserva, já que Rafinha está sendo improvisado.
Nos bastidores, ainda há esperança de reversão da situação. O profissional criou raízes em Porto Alegre e tem um bom relacionamento com a capital gaúcha, mas sabe que somente atuações sólidas com a chegada de Vagner Mancini poderão alterar o cenário. Na partida de estreia do novo comandante, ele entrou nos minutos finais.
— Vai ser difícil de uma possível renovação, mas ainda está incerto — resumiu uma fonte em contato com a reportagem de GZH.
Bruno Cortez tem 220 jogos pelo Tricolor e marcou somente dois gols. Participou das conquistas de Libertadores, Recopas (Sul-Americana e estadual) e tetracampeonato gaúcho. Prestes a completar 35 anos, a tendência do momento é que siga a carreira em outro clube a partir de 2022.