Com a publicação do decreto na noite da última sexta-feira (3), o governo do Estado do Rio Grande do Sul autorizou o retorno de torcida aos estádios de futebol gaúchos. O documento assinado pelo governador Eduardo Leite (PSDB) impõe uma série de protocolos sanitários que devem ser aplicados pelos clubes para reduzir os riscos de exposição à covid-19.
Mesmo com a liberação, a data para que o torcedor do Grêmio volte às arquibancadas da Arena está longe de ser definida. Segundo o presidente Romildo Bolzan, em depoimento divulgado na última quinta-feira (2), o retorno do público na casa tricolor dependerá do que for definido pela CBF em uma reunião do conselho técnico que trata do assunto.
— Mesmo com o novo decreto do Governo do Estado, a liberação de público depende também da CBF, por que pressupõe abertura de forma igualitária em todas as praças. Então, iremos aguardar as definições da Confederação — afirmou Bolzan.
Após a publicação do decreto, consultado pela reportagem na manhã deste sábado (4), o presidente gremista manteve o posicionamento anterior e reforçou a defesa de que o retorno tem de ser igual para todas as equipes brasileiras.
— Já nos posicionamos, pois depende da CBF. Na próxima quarta-feira (8) teremos reunião do conselho técnico sobre o tema. O Grêmio mantém a posição de igualdade para a volta do público aos estádios — explicou.
No entendimento do Grêmio, há uma perspectiva nacional de que o público seria liberado para o início do retorno do Campeonato Brasileiro. Entretanto, a reunião na CBF ocorrerá poucos dias antes da 20ª rodada da competição, quando os comandados de Felipão enfrentam o Ceará em casa. Assim, a tendência é de que, pelo pouco tempo para operacionalizar nacionalmente a volta do público de forma igualitária em todos os estádios, dificilmente isso ocorrerá para a rodada marcada para os dias 11,12 e 13 de setembro.
Mesmo assim, internamente o Grêmio está pronto para realizar a volta do público. Desde o ano passado, testes de operação e protocolos sanitários para o retorno do torcedor foram testados e definidos para quando a autorização ocorrer. Outra situação debatida nos bastidores do clube é a capacidade máxima liberada pelo decreto: 2,5 mil pessoas por evento.
Há um entendimento de que esse número é pequeno para que seja feita a abertura da Arena, já que o custo de operação seria muito alto. Conforme o presidente Romildo Bolzan, quando o público retornar, haverá um rodízio entre os torcedores que acessarão o estádio e o sócio gremista terá prioridade.