O Grêmio contou com um gol do estreante Miguel Borja para bater a Chapecoense por 2 a 1, de virada, na noite desta segunda-feira (9), e conquistar a sua primeira vitória na Arena no Campeonato Brasileiro. O gol do colombiano, de pênalti, foi o segundo do Tricolor, que tinha empatado antes com Alisson após Anselmo Ramon ter aberto o placar aos 4 minutos de partida para os visitantes.
A vitória sobre os catarinenses ainda foi insuficiente para tirar o Grêmio da penúltima posição do Brasileirão, mas dá uma esperança já que o jogo marcou o início de uma série de três confrontos diretos com equipes que brigam para escapar do rebaixamento. No sábado (14), o Tricolor irá ao Morumbi encarar o São Paulo (16º colocado) e, no dia 18, vai ter o Cuiabá (18º), na Arena Pantanal.
Autor do primeiro gol gremista e um dos destaques da partida, Alisson ressaltou a entrega do time para conquistar a vitória.
— Como sempre disse, estou aqui para ajudar o Grêmio, honrando a camisa e dando o meu melhor. Estou com a consciência tranquila de que dei o meu melhor, assim como meus companheiros, que todos os dias trabalham muito com humildade e seriedade. Isso é a cara do Grêmio, o que demonstramos hoje. Isso é muito importante para ver como estamos unidos para colocar o Grêmio onde merece — avaliou.
Felipão admitiu que a atuação do Grêmio foi apenas razoável, mas comemorou o fato de o time ter tido poder de reação após ter sofrido um gol nos primeiros minutos da partida.
— Nós não fizemos uma partida de nível ótimo ou muito bom, foi razoável. Conseguimos os gols para a vitória, tivemos um comportamento melhor no sentido de reagir após o primeiro gol. Conseguimos que o Borja tivesse sua participação no pênalti e em outros lances. Foi uma boa retomada, mas ainda falta bastante coisa. Aos poucos iremos acrescentando com os reforços que estão vindo do departamento médico, mas precisamos ter calma. Tomara que a gente progrida, mas é algo que virá com tempo — disse o técnico, adotando cautela.
Ainda sem possibilidade de deixar a zona de rebaixamento na próxima rodada, o vice de futebol Marcos Herrmann destacou o comprometimento que o elenco tem demonstrado para tentar tirar o Grêmio da atual situação no Brasileirão.
— O Thiago Santos veio a todos os jogos quando estava machucado, o hoje o Kannemann quase me deixou surdo de tanto torcer e vibrar. Isso é comprometimento para tirar o Grêmio dessa situação. Contando com gente comprometida assim, penso que vamos chegar ao ponto que precisamos chegar — elogiou.
Reforços e retornos
Com o volante Mathias Villasanti contratado e ainda em negociações pelo meia Jaminton Campaz e pelo atacante Diego Valoyes, o técnico Felipão voltou a destacar a importância de contar com retornos do departamento médico. O treinador, no entanto, pediu calma com Douglas Costa e projetou a volta de Ferreira apenas para depois de dez dias.
— Vai chegar o Villasanti, pode chegar um ou outro jogador, mas como falei outro dia, os reforços precisam vir do DM. O Thiago Santos já veio, o Douglas Costa, o Maicon. Para encorpar o time iremos recebendo esses jogadores e colocando. Isso será feito no decorrer dos jogos, mas teremos 25 partidas para somar os pontos e sair da situação que estamos —afirmou o técnico, que defendeu Douglas Costa.
— O Douglas passou um ano sem jogar. Não será de um dia para o outro que vai recuperar isso. Além disso, uma ou outra lesão o tem tirado de alguns treinamentos. Estamos dando e pretendemos ter o Douglas nas suas melhores condições dentro de 15, 20 ou 30 dias. Não podemos ter pressa com esse jogador. Temos de dar o tempo de jogo necessário para ele ir recuperando a sua qualidade e nos dar aquilo que precisamos — projetou.
Sobre o imbróglio envolvendo Ferreira, Felipão ressaltou que conta com o jogador, mas destacou que será preciso que ele construa a relação de confiança com a comissão técnica.
— Voltamos a dialogar, conversamos duas ou três vezes. Ele está fazendo o trabalho de recuperação física e ainda vai, no mínimo, uns 10 dias. Depois ainda tem a transição, tudo dentro do planejado. Ele sabe que é importante. Gostamos de tudo que ele oferece, mas queremos que exista uma relação de amizade fortificada para cada vez melhorar o ambiente dele e do Grêmio. O Ferreira vai trabalhar com a vontade que sempre teve e a disciplina que precisa ter, o que é normal. Ficaremos muito felizes com a volta dele — finalizou.