O início da trajetória de Miguel Borja no Grêmio não poderia ter sido melhor. Com três gols em quatro jogos, o colombiano tem ajudado a equipe a melhorar sua condição na tabela do Brasileirão. Mas, além de empolgar o torcedor gremista, o desempenho do centroavante também chamado a atenção dos jornalistas do seu país.
Nesta terça-feira (24), instantes antes de ser convocado para a rodada tripla das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, o jogador concedeu uma entrevista ao programa "Primer Toque", da TV Win Sports, da Colômbia.
— Estou agradecido a Deus, tenho vivido dias muito especiais. Sabia que eu estava chegando em uma equipe que não está muito bem na tabela (de classificação), mas sei da qualidade de cada jogador aqui, a história que têm. São tricampeões da América e, para mim, é um privilégio estar aqui, neste grande time. Então, trato de dar o meu melhor e sigo trabalhando para melhorar — declarou ele.
— Creio que o Grêmio precisava de um camisa 9, porque tem jogadores que estavam lesionados e agora estão retornando. Por isso, o professor Felipão me chamou e cheguei aqui. E, na verdade, sou agradecido a ele também porque tem me dado confiança suficiente desde o primeiro dia que cheguei. Me surpreendi com a humildade de todos. Como eu disse, foram campeões da América. Kannemann e Geromel, que é o capitão e uma referência do time, têm uma humildade impressionante, que facilita tudo — completou.
Depois de ter se adaptado rapidamente à Arena, o colombiano agora quer ajudar o seu compatriota Jaminton Campaz que, no mesmo dia em que foi apresentado como novo reforço tricolor, já entrou em concentração para encarar o Flamengo, pela Copa do Brasil.
— Precisamos dele. Aqui, no Brasil, o jogo colombiano é muito apreciado. Inclusive, queriam trazer outro colombiano que está agora na Argentina (Diego Valoyes, do Talleres). Ter o Campaz, para nós, será importante. O que ele fez no Tolima, com 21 anos, foi muito bom, e creio que vá se adaptar muito bem ao Grêmio. O clube sabe tratar bem as promessas, sabe a hora de colocar para jogar. Por isso, creio que ele tomou uma boa decisão. Vou tratar de recepcioná-lo aqui, porque a gente precisa de pessoas que te ajudem quando você chega e creio que tenho condições de fazer isso — declarou.
Questionado sobre quem era o jogador colombiano que atua na Argentina e que esteve nos planos do Grêmio, Borja não apenas admitiu que se tratava do jovem atacante Diego Valoyes, de 24 anos, como revelou que foi consultado sobre o atleta.
— Estavam muito interessados nele, mas o clube (Talleres) não queria vendê-lo agora e não quis fazer o negócio. O professor Felipão me perguntava muito sobre ele, viram nos vídeos e estavam muito emocionados em querer trazê-lo — concluiu.