Chegou ao final o trabalho de Tiago Nunes no Grêmio. Mesmo com o título gaúcho e a boa campanha na Copa Sul-Americana, o treinador não resistiu aos maus resultados do mês de junho e deixa o clube na lanterna do Brasileirão, com apenas dois pontos em sete jogos.
Além da zona incômoda na tabela de classificação, Tiago deixa o Tricolor com outra marca negativa: com 16 jogos, é o profissional que menos partidas ficou à frente do clube desde Caio Júnior, demitido em 2012 com nove jogos. GZH relembra como foram as últimas cinco saídas de técnicos do Grêmio, confira:
Renato Portaluppi (2013 e 2021)
Renato tem três passagens como treinador do Grêmio, as mais recentes encerradas no final de 2013 e em abril deste ano. A de 2013, inclusive, não durou muito. O técnico chegou na metade da temporada para substituir Vanderlei Luxemburgo, que não conseguiu chegar à final do Gauchão e parou nas oitavas de final da Libertadores. Portaluppi comandou a equipe ao vice-campeonato brasileiro, mas o desempenho não agradava, e a direção optou por não renovar o vínculo ao final da temporada.
A terceira começou em 2016 e contou com as conquistas da Copa do Brasil e da Libertadores, além da Recopa Sul-Americana e de três estaduais. Com os insucessos nas temporadas recentes e a eliminação precoce na fase preliminar da Libertadores de 2021, no entanto, o clima não era mais o mesmo. As duas partes chegaram a um acordo, e o treinador despediu-se do clube em 15 de abril.
Roger Machado (2016)
Ídolo como jogador, Roger começou a carreira de técnico como assistente no próprio Grêmio. Em 2015, voltou para substituir Felipão, com quem, ainda como atleta, havia conquistado títulos importantes na carreira. E foi ele o responsável pela arrancada gremista no Brasileirão de 2015, marcada sobretudo pela goleada por 5 a 0 no Gre-Nal do primeiro turno.
O time terminou classificado para a Libertadores do ano seguinte, mas foi goleado pelo Rosario Central de Eduardo Coudet nas oitavas de final e deu adeus ao sonho do tricampeonato. No Campeonato Brasileiro, acumulou tropeços consecutivos viu o time perder rendimento. Em setembro, depois de ser goleado pela Ponte Preta, Roger pediu demissão.
Felipão (2015)
Após fracasso da Seleção Brasileira na Copa de 2014, Felipão viu no Grêmio a chance de retomar o prestígio no futebol nacional. Retornou a Porto Alegre no segundo semestre daquela temporada e treinou time que passava por um processo de reconstrução e tinha o surgimento de novos ídolos, como Luan e Pedro Geromel. Até conseguiu bons resultados, o mais importante a goleada por 4 a 1 sobre o Inter, em novembro.
No ano seguinte, enfrentou dificuldades ao longo do Gauchão e perdeu decisão para o rival. Começou o Brasileirão com tropeços e, em maio, pediu demissão do cargo.
Enderson Moreira (2014)
Contratado para substituir Renato Portaluppi após o vice-campeonato nacional de 2013, Enderson era visto como uma aposta pelo bom trabalho realizado junto ao Goiás. Na Capital, entretanto, não conseguiu repetir o sucesso que teve no Serra Dourada. Perdeu o Gauchão com duas derrotas para o Inter – a única vitória colorada na história da Arena – e caiu da Libertadores nas oitavas de final, para o San Lorenzo.
Ganhou tempo para trabalhar na parada para a Copa do Mundo, mas os resultados não melhoraram. Uma derrota para o Coritiba, em casa, marcou o fim da linha do trabalho de Enderson no Grêmio. Ele chegou a um acordo com a direção e despediu-se do clube após 35 jogos.
Vanderlei Luxemburgo (2013)
Último técnico gremista a trabalhar no Estádio Olímpico, Luxa chegou a Porto Alegre no início de 2012 para assumir o lugar de Caio Júnior. Não teve sucesso nas competições do primeiro semestre, eliminado no Gauchão e nas semifinais da Copa do Brasil. Ainda assim, comandou um time que esteve sempre entre os postulantes ao título do Brasileirão, no qual ficou com terceiro lugar.
A boa campanha fez com que o presidente Fábio Koff, eleito ao final daquele ano, renovasse o contrato do treinador para o ano seguinte, que seria o primeiro da Arena. Reforços de peso, como Eduardo Vargas, Hernán Barcos e André Santos chegaram para o treinador, mas a equipe fracassou novamente no Estadual e na Libertadores. Foi demitido em junho, quando os campeonatos no país estavam paralisados por conta da Copa das Confederações.