Jamais fui um gremista que pregou a queda de um técnico. E vou continuar sem fazê-lo, pois não creio que a situação desastrosa que o Grêmio está vivendo é de responsabilidade isolada do treinador. Claro que, em uma hora dessas, aparecem somente os problemas. Ninguém tem cabeça fria suficiente para fazer uma análise sobre o assunto.
A verdade é que a equipe vem jogando muito mal. Mas a par desse desastre técnico que acomete o nosso time, penso que a questão emocional possui também forte influência nas más atuações do Tricolor. Se for me ater exclusivamente às questões técnicas e táticas, posso dizer que o meio-campo gremista, mais uma vez, teve muito pouca capacidade de marcação.
Dois meio-campistas do Atlético-GO jogaram e construíram jogadas inteiramente desmarcados. E, ao contrário, os nossos jogadores sofreram forte marcação dos adversários, na medida em que se aproximassem da área adversária.
A vitória do time goiano não merece nenhum reparo. Agora, sem entrar no mérito, que já é sobejamente conhecido, que técnico pode dirigir sua equipe com tranquilidade se foi para a partida com a corda no pescoço? As decisões tomadas no decorrer do jogo foram equivocadas e o time foi totalmente desmontado taticamente.
Com a saída de Tiago Nunes confirmada, precisamos de um novo profissional que reúna as condições emocionais necessárias, além de técnicas e táticas.