O Grêmio deve ter de volta no segundo semestre uma promessa das categorias de base. Depois de ser emprestado para o Cruzeiro, no início de 2020, e para o Famalicão, ainda na metade do ano passado, Jhonata Robert está no final do seu vínculo com o clube português, e a tendência é de que fique à disposição de Tiago Nunes para o restante da temporada.
Contratado pelo Tricolor em 2017 junto ao Barra-SC, o jogador destacou-se na Copa São Paulo de 2019, quando teve seu contrato renovado até o final de 2022. No mesmo ano, brilhou na conquista da Copa Ipiranga Sub-20.
Em Porto Alegre, porém, era utilizado como meia central, em função semelhante à de Jean Pyerre. Em Portugal, passou a jogar também como atacante aberto pelo lado esquerdo do campo, posição que hoje tem Ferreira como referência no clube.
A passagem pela Primeira Liga, que deveria servir como bagagem antes de ser aproveitado no elenco profissional gremista, não foi de muitas oportunidades. Fez 22 partidas com a camisa do clube português, seis delas como titular, e marcou quatro gols. Atuou, em média, 32 minutos por jogo. Além disso, o Famalicão teve três treinadores ao longo da temporada, o que pode ter dificultado a adaptação do garoto ao futebol europeu.
— Com João Pedro Sousa, ele sempre jogou como extremo pela esquerda. Depois veio o Silas, que o utilizou como meia-atacante nas vezes em que entrava. Com Ivo Vieira (técnico atual), deixou de ter espaço por conta do retorno ao Grêmio — explica o repórter João Maia, do jornal O Jogo, de Portugal.
A situação do Famalicão na temporada não favoreceu Jhonata Robert. Apesar de ter terminado na nova colocação, com 40 pontos, o time passou boa parte da temporada na zona de rebaixamento. Só a partir da chegada de Ivo Vieira que a equipe conseguiu emplacar mais de uma vitória em sequência.
Se em Portugal Jhonata não conseguiu mostrar uma das virtudes que o deram status de promessa na Capital, o drible, a batida na bola com qualidade apareceu algumas vezes. Das quatro vezes em que balançou as redes, duas foram em cobranças de falta. Contra o Boavista, entrou em campo aos 41 da etapa final. Sete minutos depois, surpreendeu o goleiro adversário para acertar o ângulo e empatar o jogo nos instantes finais — confira o lance abaixo.
Diante do campeão Sporting, a história foi parecida: foi chamado aos 36 minutos do segundo tempo e, aos 43, bateu falta por sobre a barreira e igualou o marcador. Os outros dois gols em sua passagem pelo futebol português, contra Porto e Santa Clara, vieram em cobranças de pênaltis.